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Londres

Britânicos suspeitos de complô terrorista aparecem em tribunal

Onze muçulmanos britânicos, acusados formalmente de envolvimento com um plano de atentado que atingiria vários aviões que sobrevoavam o oceano Atlântico, compareceram diante de uma corte de Londres nesta terça-feira.

Três réus -- Abdullah Ahmed Ali, Waheed Arafat Khan e Umar Islam -- manifestaram-se apenas para confirmar suas identidades e endereços. Um quarto, Tanvir Hussain, disse não ter endereço fixo.

Os quatro estão entre os oito acusados de conspiração para assassinato praticado por meio da detonação de explosivos de fabricação caseira dentro de aviões. Uma outra pessoa é acusada de manter sob sua posse material usado em atos de terrorismo. E duas são acusadas de não terem denunciado o plano.

Acusações rechaçadas

O advogado de Hussein, Mohammed Zed, afirmou na sala de audiência da Corte de Magistrados de Westminster que "todas as acusações eram rechaçadas".

Advogados dos outros três não se manifestaram. Os quatro homens, acompanhados de guardas uniformizados, devem continuar detidos ao menos até a audiência de 4 de setembro. No dia 10 de agosto a polícia britânica afirmou ter desmantelado um plano para explodir aviões que estariam sobrevoando o Atlântico. O objetivo dos envolvidos, segundo as forças de segurança, seria realizar um "assassinato em massa de proporções inimagináveis".

Acusações formais

Na segunda-feira, promotores anunciaram estar apresentando acusações formais contra 11 pessoas depois de a polícia ter encontrado material usado na fabricação de bombas, bilhetes suicidas e "vídeos de martírio".

Não foi tomada nenhuma decisão, ainda, sobre acusar formalmente ou não os outros 11 suspeitos detidos.

Os acusados usavam camisas ou camisetas brancas e calças cinza quando apareceram diante da corte.

A galeria reservada ao público estava cheia de parentes e amigos dos suspeitos, a maior parte dos quais morava na parte leste de Londres.

Ainda na terça-feira, devem ser realizados procedimentos no caso dos outros sete acusados.

Autoridades americanas e britânicas disseram que o plano envolvia o uso de explosivos líquidos e poderia provocar um desastre semelhante ao dos ataques de 11 de setembro de 2001, que mataram quase 3 mil pessoas em cidades americanas.

Até 17 pessoas, entre as quais dois britânicos, são mantidas presas no Paquistão sob a acusação de terem participado do plano.

As acusações formais aparecem 13 meses depois de quatro britânicos muçulmanos terem realizado atentados suicidas na rede de transportes públicos de Londres, matando 52 pessoas.

Dois daqueles homens-bomba gravaram mensagens de vídeo dizendo que agiram para punir a Grã-Bretanha por sua política externa.

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