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A maioria dos eleitores norte-americanos continua profundamente descontente com o presidente George W. Bush e com o Congresso, dando-lhes uma avaliação negativa pela situação econômica e diplomática do país, segundo pesquisa Reuters/Zogby divulgada na quarta-feira.

De acordo com a pesquisa, dois terços dos norte-americanos consideram que o país está no rumo errado e dão notas ruins a Bush como presidente. Uma fatia ainda maior, 83%, acha que o Congresso, agora sob controle democrata, faz um trabalho apenas regular ou ruim.

"O povo norte-americano está de mau humor atualmente e não há sinal de melhoria", disse o pesquisador John Zogby. "Eles podem estar saindo de férias neste mês, mas vão voltar para a mesma coisa de sempre."

A avaliação sombria conferida a Bush e ao Congresso, repetindo as cifras do mês anterior, podem ser um sinal de alarme para ambos os partidos, que se preparam para a disputa eleitoral de novembro de 2008. "Os norte-americanos podem estar num humor antigoverno e antiinstitucional. Neste momento, ninguém recebe boas notas", disse Zogby.

A pesquisa ouviu 1.020 possíveis eleitores, de 9 a 11 de agosto. O governo Bush é considerado regular ou ruim por 67 por cento, enquanto apenas 32 por cento o consideram bom ou excelente.

No mês passado, a avaliação positiva do presidente era de 34 por cento. Em março, a aprovação chegava apenas a 30.

Já a avaliação do Congresso vem piorando desde que os democratas venceram as eleições parlamentares de 2006. Para 15 por cento dos entrevistados, a atuação da Câmara e do Senado é boa ou excelente. Em outubro, nos estertores da legislatura anterior, comandada pelos republicanos, a aprovação ao Congresso era de 23 por cento.

Os norte-americanos também estão descontentes com a política econômica (64%) e com a política externa (74%). Só 24 por cento dos entrevistados acham que o país está no rumo certo - enquanto 64 por cento pensam ao contrário.

Embora um quarto dos entrevistados tenha pelo menos um pouco de medo de ficar sem trabalho, 59 por cento consideram sua situação pessoal como excelente ou boa.

"Em algum grau, as pessoas simplesmente se ajustaram à idéia de que não estão melhorando", disse Zogby.

Sobre as ameaças vindas do exterior, 51 por cento se sentem "razoavelmente" seguros, 27% se sentem muito seguros e 21% se sentem pouco ou nada seguros.

Mais de metade - 64 por cento - estão muito ou algo confiantes de que seus filhos terão uma vida menor. Outros 23%têm pouco otimismo nisso, e 7% têm certeza de que a próxima geração viverá pior.

"Há um certo desconforto com segurança, política externa, política econômica e guerra, e isso se tornou parte da vida," disse Zogby.

Mas os norte-americanos continuam se orgulhando dos EUA em algum grau - só 9% disseram não se orgulhar muito.

A pesquisa foi feita por telefone, em âmbito nacional, e tem margem de erro de 3,1 pontos percentuais.

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