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São Paulo – O vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, disse ontem que a oposição do Congresso (dominado pelos democratas) não irá interferir na nova estratégia do governo dos EUA para o Iraque.

"O presidente (dos EUA, George W. Bush) é o comandante-em-chefe. Ele é o único que pode tomar decisões drásticas", disse Cheney. "Ele é o homem que tem de decidir como usar a força e para onde dirigir a força."

O vice-presidente americano disse que o Congresso "obviamente" tem de dar apoio à nova estratégia, de enviar mais 21.500 soldados ao Iraque, "através do poder da bolsa". "Eles têm um papel a desempenhar e certamente reconhecemos isso. Mas não se pode dirigir uma guerra por comitê."

O Congresso americano deve votar nos próximos dias resoluções que se opõem ao envio de mais soldados ao Iraque. Cheney disse que esses votos não são vinculantes e não comprometeriam a política do governo Bush para a região.

Qualquer tentativa de bloquear a nova estratégia do presidente Bush iria prejudicar as tropas já no Iraque, disse Cheney. "[Os democratas] não tem absolutamente nada a oferecer no lugar", disse, referindo-se aos líderes democratas no Congresso. "Ainda estou para ouvir uma política coerente vinda do lado democrata."

Republicanos

As críticas à nova estratégia para o Iraque vieram também da parte de republicanos, como o senador Chuck Hagel, que disse a nova política seria o pior erro desde a Guerra do Vietnã.Em resposta, o vice-presidente Dick Cheney disse que o maior erro seria, sim, desistir da guerra global contra o terrorismo porque os Estados Unidos teriam julgado ser a guerra no Iraque muito difícil.

"Isso é justamente com o que os inimigos terroristas dos EUA estão contando", disse. "Eles estão convencidos de que os Estados Unidos irão empacotar tudo e voltar para casa se matarem norte-americanos em número suficiente (...) Eles não conseguem nos derrotar em uma luta aberta, mas acham que podem quebrar nossa determinação", disse ontem o vice-presidente ao canal Fox News.

Cheney disse que os americanos devem considerar a guerra no Iraque como parte de um esforço muito mais longo.

"Esse é o tipo de conflito que vai nortear nossa política e nosso governo pelos próximos 20, 30 ou 40 anos. Temos de vencer e temos de ter estômago para luta de longo prazo", afirmou.

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