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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fez uma visita solene ao cemitério onde estão enterrados os soldados norte-americanos mortos na guerra e atacou os "fatalistas ou cínicos" que duvidam da validade dos combates no Iraque e no Afeganistão.

Salvas de canhão marcaram a chegada do presidente ao Cemitério Nacional de Arlington no feriado do Memorial Day. Só em maio, cem soldados americanos morreram no Iraque, num dos meses mais sangrentos do combate. Uma pesquisa divulgada na semana passada pela CBS News e pelo The New York Times afirmou que 76 por cento dos norte-americanos acham que a guerra está indo mal.

Bush elogiou o fato de muitos norte-americanos continuarem alistando-se nas Forças Armadas, apesar das guerras, e disse que 174 fuzileiros navais pediram recentemente que seu serviço fosse estendido.

"Os que servem não são fatalistas nem cínicos. Sabem que um dia essa guerra vai terminar, como terminam todas as guerras. Nossa missão é garantir que seu resultado justifique os sacrifícios feitos por quem lutou e morreu nela", disse Bush.

Bandeiras norte-americanas marcavam várias das lápides, que eram milhares. Familiares de soldados mortos no Iraque e no Afeganistão estavam entre os convidados que ouviram o discurso no anfiteatro do cemitério.

"De sua morte tem de vir um mundo onde os sonhos cruéis dos tiranos e terroristas sejam frustrados e impedidos, onde nossa nação esteja mais segura de ataques e onde a dádiva da liberdade seja assegurada a milhões de pessoas que jamais a conheceram", disse Bush.

Quando a comitiva ia para Arlington, um manifestante solitário mostrou um cartaz dizendo: "Traga os soldados para casa."

Na semana passada, Bush venceu uma longa batalha contra os democratas que controlam o Congresso, obtendo a aprovação da verba de 100 bilhões de dólares para financiar as guerras no Iraque e no Afeganistão, sem ceder à exigência de um cronograma para a retirada das tropas.

Mas os democratas prometem aumentar a pressão para encerrar o envolvimento norte-americano no que eles consideram uma guerra civil. Continua-se falando em tentar pôr fim à autorização que o Congresso deu a Bush em 2002 para que ele invadisse o Iraque.

Há hoje cerca de 150 mil soldados norte-americanos no Iraque. Segundo reportagem do The New York Times de sábado, o governo pensa em reduzir o contingente para cerca de 100 mil antes das eleições presidenciais de novembro de 2008.

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