• Carregando...
John Kirby, um dos porta-vozes da Casa Branca, disse que colisão foi resultado de ação “insegura” e “pouco profissional” dos caças russos
John Kirby, um dos porta-vozes da Casa Branca, disse que colisão foi resultado de ação “insegura” e “pouco profissional” dos caças russos| Foto: Divulgação/Departamento de Defesa dos EUA/Wikimedia Commons

Os Estados Unidos informaram nesta terça-feira (14) que uma manobra “insegura” e “não profissional” de dois caças russos os forçaram a abater um drone americano que operava sobre o Mar Negro.

O incidente ocorreu às 7h03 (horário local, 3h03 de Brasília) e, segundo informou o comando europeu dos EUA em comunicado, seu drone realizava uma operação de rotina quando foi interceptado e atingido por um caça russo, o que obrigou as forças americanas a derrubá-lo em águas internacionais.

O comando europeu dos Estados Unidos especificou que o caça russo, um Su-27, havia atingido a hélice de seu MQ-9. Além disso, várias vezes antes dessa colisão, aviões russos teriam despejado combustível e voado na frente do drone “de forma imprudente, não profissional e não ecológica”.

“Este incidente demonstra falta de competência, além de ser inseguro e pouco profissional”, disse o comando na nota.

O general James Hecker, comandante da Força Aérea americana na Europa e na África, deixou claro que os EUA e seus aliados “continuarão operando no espaço aéreo internacional” e pediu aos russos que atuem “de maneira profissional e segura”.

O comunicado apontou que o ocorrido segue uma tendência de “ações perigosas” empreendidas por pilotos russos quando interagem com aeronaves dos Estados Unidos ou de seus aliados no espaço aéreo internacional, inclusive sobre o Mar Negro.

Esse comportamento, segundo destacou o comando europeu nos EUA, “pode ​​levar a erros e a uma escalada não intencional”.

Os Estados Unidos lembraram que suas forças aéreas sobrevoam regularmente o território soberano europeu e o espaço aéreo internacional em coordenação com os países correspondentes e de acordo com o direito internacional.

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, relatou o incidente ao presidente Joe Biden na manhã de terça-feira, segundo disse John Kirby, um dos porta-vozes da Casa Branca, a repórteres.

Kirby explicou que este tipo de colisão não é incomum e que, de fato, houve várias “nas últimas semanas”, mas sustentou que esta é “notável” por ser “insegura” e “pouco profissional”.

O Departamento de Estado anunciou a convocação do embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, enquanto a embaixadora americana na Rússia, Lynne Tracy, enviou uma mensagem de desagravo ao Ministério das Relações Exteriores russo.

O Ministério da Defesa da Rússia negou qualquer contato entre seus caças Su-27 e o drone que os Estados Unidos tiveram que abater no Mar Negro.

"Como resultado de uma manobra brusca por volta das 9h30, horário de Moscou [3h30 de Brasília], o aparelho não tripulado MQ-9 iniciou um voo descontrolado com perda de altitude e colidiu com a superfície da água", disse o comunicado militar russo.

A nota oficial acrescentou que “o armamento a bordo dos caças russos não foi empregado” e que os Su-27 “não entraram em contato com o aparelho e regressaram sãos e salvos ao seu aeródromo”.

Ainda segundo o comunicado, os radares russos detectaram o drone dos EUA perto da península ucraniana anexada da Crimeia com o transponder desligado.

Além disso, a Defesa russa alegou que o MQ-9 violou a fronteira do espaço aéreo usado provisoriamente pela Rússia no âmbito de sua “operação militar especial” na Ucrânia, sobre o que Moscou informou todas as partes interessadas na época de acordo com os padrões internacionais, segundo o ministério.

Por esse motivo, a aviação russa foi forçada a enviar seus caças para identificar o "infrator", argumentou a pasta.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]