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O escândalo dos parlamentares britânicos que usaram dinheiro público para pagar despesas pessoais fez a sua primeira vítima no Governo: o subsecretário de Estado da Justiça, Shahid Malik. Primeiro muçulmano a integrar um governo britânico, ele pediu demissão nesta sexta-feira (15).

Segundo a imprensa local, a renúncia teria sido pedida pelo premier britânico, Gordon Brown, para que seu conselheiro independente sobre interesses ministeriais, Philip Mawer, pudesse conduzir o inquérito sobre o caso do secretário.

Segundo o jornal britânico "Daily Telegraph", responsável pelas denúncias das irregularidades dos parlamentares britânicos, Malik pediu reembolso de cerca de 75 mil euros por três anos do aluguel de sua segunda moradia em Londres - o valor máximo aceitável - enquanto pagava de seu próprio bolso 112 euros por semana para viver num local fora da capital, aluguel inferior ao preço de marcado. O secretário ainda gastou 817 euros com uma poltrona de massagem.

Em declarações à BBC, Mahik disse que não deve desculpas:

"O que gastei é o que qualquer outro membro do Parlamento gastou", afirmou.

O Escritório de Brown informou que, se ficar comprovado que o subsecretário não cometeu nenhum ato ilícito, ele poderá voltar ao cargo.

Entre as denúncias feitas pelo "Daily Telegraph" estão as de que políticos usaram o auxílio-moradia para reformar a própria casa e pagar prestações de imóveis. A divulgação dos gastos enfureceu a população e ameaça afetar os resultados das eleições locais previstas para o próximo mês.

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