A coalizão do primeiro-ministro Silvio Berlusconi aprovou outro projeto de lei que vai impedir que o líder italiano seja processado enquanto estiver no poder.
Os conservadores do partido de Berlusconi aprovaram um projeto na Câmara Baixa do Parlamento nesta quarta-feira que vai permitir que o premiê e os ministros de seu gabinete adiem por seis meses as audiências de qualquer processo em que estejam envolvidos. A medida precisa de aprovação no Senado, onde os conservadores também têm confortável maioria.
O projeto diz que a suspensão pode ser renovada duas vezes, o que totaliza 18 meses de prazo.
A maioria conservadora diz que o projeto é parte de uma ampla reforma cujo objetivo é modernizar o sistema judiciário italiano Críticos dizem que as medidas tem como alvo proteger Berlusconi nos casos em curso contra ele em Milão.
Berlusconi viaja ao Oriente Médio
Silvio Berlusconi, viajou de Jerusalém a Belém nesta quarta-feira, mas não percebeu o marco mais comentado da região - um muro com oito metros de altura erguido por Israel como medida de segurança.
"Vou decepcionar você porque que não percebi", disse Berlusconi a um jornalista italiano que perguntou ao premiê qual era a impressão dele sobre a barreira de concreto, durante uma entrevista coletiva do primeiro-ministro da Itália ao lado do presidente palestino, Mahmoud Abbas.
O protocolo obrigou Berlusconi a descer no frio e sob chuva do carro israelense onde estava para um carro palestino num ponto de verificação no muro, onde um portão de aço controla o acesso à Cisjordânia, disseram fontes palestinas.
No entanto, o líder italiano disse que não prestou atenção no muro.
"Estava pensando no que dizer ao presidente (Abbas)", disse ele. "Peço desculpas".
O muro em Belém faz parte de uma longa barreira formada na maior parte por uma cerca de segurança, que Israel diz ser necessária para impedir que militantes palestinos armados e suicidas sigam para cidades israelenses.
Visitantes importantes da Igreja da Natividade em Belém, onde os cristãos acreditam que Jesus tenha nascido, são normalmente convidados para visitar o muro coberto de grafite.
O papa Bento 16, que visitou a região em maio, disse que o muro era uma "lembrança dura do impasse" nas relações entre Israel e os palestinos.
Os palestinos dizem que a barreira não é para a segurança de Israel, mas sim para o governo israelense tomar o controle da Cisjordânia.



