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O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, disse nesta terça-feira (8) estar "muito preocupado" pelas acusações de espionagem denunciadas na segunda-feira (7) pelo Brasil, que convocou o embaixador canadense para pedir explicações.

"Obviamente estou muito preocupado com esta história e sobre algumas informações, muito preocupado", declarou Harper durante uma entrevista coletiva em Bali (Indonésia), onde participa da cúpula da Apec, informaram os meios de comunicação canadenses.

O primeiro-ministro acrescentou que seu governo se esforça para se comunicar com o brasileiro de forma "muito ativa" após as acusações de que o Canadá espionou o país latino-americano, sexta economia mundial, denúncia que também implica os EUA, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia.

Mas Harper se negou a confirmar se o Canadá oferecerá ao Brasil as explicações que Dilma Rousseff exigiu na segunda-feira após a divulgação de informações de que os serviços secretos canadenses espionaram o Ministério de Minas e Energia.

Harper se defendeu dizendo que o Canadá não realiza comentários sobre "operações de segurança nacional".

Na segunda-feira, a Agência Efe consultou fontes oficiais canadenses, mas estas se negaram a comentar as acusações brasileiras.

Em reportagem no Fantástico, a TV Globo disse no domingo (6) que o Canadá teria espionado o Ministério de Minas e Energia do Brasil, país onde operam 55 companhias canadenses dedicadas à exploração, 45 de equipamento e 20 de serviços relacionados com o setor.

A informação da Globo se baseia em documentos do ex-analista da CIA Edward Snowden, que indicam que agentes do Centro da Segurança nas Telecomunicações do Canadá (CSE, por sua sigla em inglês) controlaram as comunicações do Ministério de Minas e Energia do Brasil.

A televisão pública canadense CBC disse nesta terça que o embaixador do Canadá no Brasil, Jamal Khokhar, foi convocado na segunda pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, para dar explicações.

O Ministério das Relações Exteriores do Canadá não confirmou o encontro entre Khokhar e representantes das autoridades brasileiras e o governo canadense se limitou a assinalar que não realiza comentários sobre as atividades de seus serviços de inteligência no exterior.

Uma porta-voz de CSE também assinalou na terça que a "CSE não comenta atividades de coleta de inteligência no exterior".

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