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      Rio de Janeiro - Uma equipe canadense com oi­­to integrantes irá ajudar nas buscas pelo economista brasileiro Gabriel Buchmann, de 28 anos, desaparecido no Malauí desde 17 de julho, após ter iniciado uma escalada no Monte Mulanje com o auxílio de um guia. O mesmo grupo do Ca­­nadá trabalhou no resgate a vítimas dos atentados de 11 de setembro em Nova Iorque e atua voluntariamente. A família do brasileiro criou um blog (http://ajudegabrielbuchmann.blogspot.com) para arrecadar fundos e arcar com os custos de passagem e estadia dos canadenses.

      "O governo brasileiro estava participando, mas existe muita burocracia para liberar dinheiro para a procura. Estamos correndo contra o tempo. Precisamos de doações com a máxima urgência. Agora. O dinheiro que sobrar será revertido para ONGs do Malauí", afirmou a mãe de Gabriel, Maria de Fátima Buchmann, em entrevista ao jornal O Globo.

      Gabriel entrou no Malauí no dia 10 pela fronteira com a Zâm­­bia, em Chibata. Segundo a namorada dele, Cristina Reis, citando o diretor da Montanha Mulanje, Carl Bruessow, o brasileiro dispensou o guia a uma altura de 2 mil me­­tros, por "volta de 12h. Des­­de en­­­tão, as condições climáticas pioraram. A família foi notificada no dia 20, através da chancelaria fran­­cesa – Gabriel tem dupla cidadania.

      A mochila e o passaporte do eco­­nomista foram encontrados na Cabana Chisepo, uma parte da trilha formada por cavernas e bu­­racos. "Quando a família soube que o Gabriel deixou uma mochila com pertences (incluindo di­­nhei­­ro, cartão de credito e passaporte) no acampamento, houve muita apreensão. Mas depois soubemos que isso é um procedimento padrão, uma regra do parque, para evitar que as pessoas tentem acampar nas trilhas ", explicou ao Globo a amiga Gabriela Podca­­men.

      "Eu sou mãe. Estou absolutamente abalada, parece um pesadelo. Mas tenho muita fé de que ele está vivo. Por isso estamos in­­sistindo absurdamente. Ele tem muita experiência de viagem. É um jovem muito resistente à fo­­me, sede, frio (...). Isso nos dá um ânimo enorme", afirmou a mãe ao jornal carioca. "Todos os amigos dizem: ‘O Gabriel aguenta. É safo, sabe como conseguir água, deve estar comendo até folha’. Além disso, é um jovem espiritualmente muito desenvolvido, tem muita força mental espiritual."

      Gabriel viaja pelo mundo desde o dia 31 de julho de 2008 e já visitou 60 países como parte de um estudo. Ele concluiu mestrado em economia na PUC-Rio e atualmente é aluno de doutorado da Universidade da Califórnia, nos EUA. Familiares e amigos realizarão um evento aberto ao público nesta manhã, na praia de Ipa­­ne­­ma.

      Serviço:

      Para informações de como realizar doações para ajudar nas buscas, acesse http://ajudegabrielbuchmann.blogspot.com

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