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A ditadura da Venezuela disse que a decisão do governo do presidente americano, Donald Trump, de cancelar as operações da empresa Chevron no país caribenho foi resultado de uma pressão de “setores da oposição fracassados e derrotados”.
A gestão Trump confirmou na terça-feira (4) o cancelamento da licença que permitia à petrolífera americana operar na Venezuela e deu prazo até 3 de abril para a saída do país.
A permissão para que a Chevron voltasse a extrair petróleo bruto na Venezuela foi concedida pelo então presidente Joe Biden em novembro de 2022 e era válida até o final de julho deste ano, porém, Trump decidiu revogar a licença mais cedo.
“O novo governo dos EUA sucumbiu à pressão de setores da oposição fracassados e derrotados na Venezuela ao sancionar definitivamente a empresa americana Chevron”, escreveu no Instagram a vice-presidente venezuelana e ministra do Petróleo, Delcy Rodríguez.
“A Chevron opera campos de petróleo na Venezuela há mais de cem anos e hoje, graças ao lobby extremista venezuelano, foi removida de suas operações no país”, afirmou a chavista.
“O novo governo dos EUA, pretendendo prejudicar o povo venezuelano, está prejudicando a si mesmo ao provocar um aumento no preço dos combustíveis e afetar a segurança jurídica dos investimentos de suas empresas no exterior, colocando em dúvida a suposta e enganosa liberdade econômica”, acrescentou Rodríguez.
Na mensagem, a vice-presidente disse que o ditador Nicolás Maduro ordenou a ativação do Plano de Independência Produtiva Absoluta, “para que nossa indústria de hidrocarbonetos e a economia do país possam continuar sua recuperação estável e diversificada”, mas não detalhou as ações do plano.
Segundo reportagem do site Efecto Cocuyo, a consultoria Ecoanalítica estimou que a Venezuela sofrerá perdas de US$ 3,1 bilhões em 2025 devido ao fim das operações da Chevron e de petrolíferas da Europa e da Índia que atuavam no país.







