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A candidata de esquerda Susana Villarán liderava na segunda-feira com pequena vantagem a eleição para a prefeitura da capital do Peru, segundo os últimos resultados oficiais.

A acirrada disputa poderá mudar o mapa político do país a seis meses do pleito presidencial. Com 68,9 por cento da apuração, a educadora de 61 anos, que provoca inquietude nos investidores, tinha 38,8 por cento dos votos no principal colégio eleitoral de um dos países de maior crescimento no mundo.

A conservadora Lourdes Flores, considerada amiga do mercado, estava logo atrás, com 37,2 por cento dos votos, segundo os resultados preliminares que confirmavam a tendência mostrada pelas pesquisas de boca de urna.

Analistas estimam que o resultado final manteria a atual tendência favorável à candidata de centro-esquerda.

"Os números mostram que o triunfo de Susana Villarán é irreversível nesse nível da apuração. Não há como a tendência mudar porque são resultados de votos válidos", disse à Reuters Manuel Saavedra, do instituto CPI.

O mercado está atento que uma eventual vitória de Villarán, em Lima, leve ao ressurgimento de um candidato presidencial de esquerda que coloque em risco os bilhões de dólares que os investidores estrangeiros destinaram ao país, afirmou um importante produtor de matérias-primas.

Contudo, Villarán disse que representa uma esquerda "moderna e liberal" promotora do investimento privado que nada tem a ver com o "militarismo autoritário" do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Também buscou se distanciar do líder nacionalista e militar aposentado Ollanta Humala, que em 2006 concorreu e perdeu no segundo turno para o atual presidente Alan García com promessas de mudar a política econômica e com apoio de Chávez.

Analistas acreditam que qualquer que seja o resultado não deverá afetar os mercados financeiros locais, já que esse cenário já havia sido assimilado pelos investidores.

"Os mercados sempre se antecipam", disse o respeitado banqueiro e ex-ministro da Economia Pedro Pablo Kuczynski.

A eventual vitória da esquerda em Lima e da maioria dos líderes independentes nas 25 regiões do Peru é uma dura derrota para os partidos tradicionais e um revés para o governo de García, que tem mais nove meses de mandato.

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