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A candidata esquerdista derrotada no segundo turno das eleições presidenciais do Equador, Luisa González, não reconheceu os resultados do pleito que confirmaram a reeleição de Daniel Noboa.
Segundo a sucessora do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), o país vive "uma ditadura".
“Denuncio perante meu povo, a imprensa e o mundo que o Equador está vivendo uma ditadura e que estamos vivendo a fraude eleitoral mais grotesca da história da República do Equador”, disse González, sem apresentar provas que sustentem a denúncia.
De acordo com a candidata, seu partido Revolução Cidadã "sempre reconheceu uma derrota quando as pesquisas e os resultados mostraram isso”, o que, para ela, não aconteceu nesta eleição.
"Me nego a crer que haja um povo que prefira a mentira à verdade, a violência à paz, e é por isso que o povo se uniu a nós contra a violência e a mentira. Vamos pedir uma recontagem e a abertura das urnas“, anunciou González, apoiada em pesquisas eleitorais. “Como é possível acreditar que 11 pesquisas estavam erradas?”.
Assim como no primeiro turno, a eleição foi marcada por fortes medidas de segurança, incluindo quase 60 mil policiais e cerca de 40 mil militares para proteger as seções de votação. Não houve registro de incidentes graves, e 83,76% dos eleitores compareceram às urnas, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Daniel Noboa foi reeleito neste domingo (13) como presidente do Equador. Quando 75,82% dos votos estavam apurados, o atual mandatário, candidato pela Ação Democrática Nacional (ADN), liderava com 56,13% dos votos válidos, contra 43,87% de González, da Revolução Cidadã (RC), partido de Correa.
Até o momento, com 96,97% dos votos apurados, ele aparece com 55,67% e González com 44,33%.
Desde o início do ano passado, a população vive em um estado de “conflito armado interno”, declarado por Noboa com o objetivo de derrubar a influência do crime organizado.
Na véspera das eleições, o presidente decretou estado de emergência por 60 dias em sete províncias, Quito, uma parte de Azuay e nas prisões do Equador.
Entre as medidas adotadas estão a suspensão do direito à inviolabilidade do lar e de correspondência. O toque de recolher será aplicado em 22 municípios das 22h às 5h todos os dias, uma medida que não inclui Quito.
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