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O Anel do Pescador e o selo de chumbo do papa Francisco, símbolos do poder pontifício, foram anulados nesta terça-feira (6), 16 dias após sua morte, segundo confirmou o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni, um dia antes do conclave para eleger um novo pontífice.
Os próprios cardeais, que participam nestes dias das reuniões pré-conclave, decidiram o prazo para a destruição do Anel do Pescador e do selo com o qual Francisco marcou suas cartas e documentos. O anel foi anulado por meio da incisão de uma cruz em sua superfície.
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Durante o período de Sede vacante, a constituição apostólica Universi Dominici Gregis atribui à congregação de cardeais o dever de "cuidar para que sejam anulados o Anel do Pescador e o Selo de Chumbo, com os quais as Cartas Apostólicas são enviadas".
O anel deve ser retirado do dedo do pontífice após sua morte ser confirmada pelo cardeal camerlengo, neste caso o americano Joseph Kevin Farrell, o que marca o fim de seu "reinado".
A anulação do anel e do selo é realizada para evitar qualquer falsificação ou manipulação de documentos papais.
Com o mesmo objetivo, após a morte do papa argentino em 21 de abril, aos 88 anos, o camerlengo e outras autoridades do Vaticano selaram seu apartamento na Casa Santa Marta, onde residiu durante seu pontificado, e também o do Palácio Apostólico.
Os apartamentos serão reabertos por seu sucessor, que deve ser eleito a partir desta quarta-feira no conclave dos cardeais, trancados na Capela Sistina.
Este anel, juntamente com o pálio, ambos símbolos do poder papal, serão entregues ao novo papa após sua eleição, na missa inaugural de seu pontificado.
Conteúdo editado por: Isabella de Paula



