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O Colégio dos Cardeais se reuniu por volta das 5h (horário de Brasília) desta quarta-feira (7), na Basílica de São Pedro, para a missa especial Pro eligendo pontífice, que dá início ao processo de eleição do novo Papa, no conclave.
O decano do colegiado, Giovanni Battista Re, de 91 anos, presidiu a homilia, pedindo aos cardeais eleitores que escolham um papa "que a Igreja e a humanidade precisam neste momento difícil e complexo da história". Sua mensagem foi focada em unidade.
Na homilia, em que o decano do Colégio Cardinalício tradicionalmente traça o perfil do próximo pontífice, Re destacou que Jesus deu o exemplo "no início da última ceia com um gesto surpreendente: abaixou-se para servir os outros, lavando os pés dos apóstolos, sem discriminação, sem excluir Judas, que o iria trair".
Entre as tarefas do próximo sucessor de Pedro, segundo recordou o decano, estará "aumentar a comunhão de todos os cristãos" e "dos bispos com o papa".
No período da tarde, os cardeais seguirão em procissão até a Capela Sistina, cantando o hino Veni Creator, pedindo auxílio do Espírito Santo para o momento de votação.
O primeiro dia de conclave
Os 133 cardeais se fecharão na Capela Sistina a partir das 16h30 (horário local, 11h30 de Brasília), nesta quarta-feira. Eles entrarão na capela com uma catequese do cardeal Raniero Cantalamessa.
Em seguida, os cardeais eleitores farão o juramento do conclave, cujo objetivo é manter as atividades do processo em segredo. Depois dos ritos, ocorre a primeira votação.
Com todos os eleitores reunidos no local, o mestre de cerimônias declara “Extra omnes” (Todos para fora, no português), retirando os presentes que não poderão acompanhar o conclave. O local, então, é fechado e os cardeais ficam isolados do mundo exterior até o fim do processo.
A primeira - e única - votação desta quarta-feira deve ocorrer por volta das 14h (horário de Brasília), período do dia no qual provavelmente sairá a fumaça inaugural indicando indefinição dos cardeais eleitores.




