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Antonio Cañizares Llovera

Cardeal com direito a voto deve se ausentar do conclave que escolherá sucessor de Francisco

O cardeal espanhol Antonio Cañizares Llovera, em foto de 2004 (Foto: EFE/Jesús Carvajal)

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O cardeal espanhol Antonio Cañizares Llovera, de 79 anos, não deve participar do conclave que elegerá o novo papa, alegando problemas de saúde, segundo informações divulgadas pela agência italiana ANSA nesta quinta-feira (24).

Além de Cañizares Llovera, a presença do cardeal bósnio Vinko Puljic também era dúvida, mas este recebeu liberação médica para viajar a Roma e integrar o grupo de eleitores, informou a agência italiana. A ausência do cardeal espanhol se soma a situação ainda indefinida do cardeal italiano Giovanni Angelo Becciu, que alega ter direito de participar da eleição do novo papa.

Com a retirada de Cañizares Llovera, arcebispo emérito de Valência de 79 anos, o número de cardeais aptos a votar deve cair de 135 para 134, conforme reportado pelo portal católico Zenit. Entretanto, se Becciu, que teve seus direitos cardinalícios revogados após ser condenado a cinco anos de prisão por fraude, for autorizado a votar, o colégio eleitoral voltaria a ter 135 participantes. Conforme estabelece a constituição apostólica Universi Dominici Gregis, será necessário alcançar dois terços dos votos para eleger o novo pontífice.

O cardeal Vinko Puljic, que é arcebispo emérito de Sarajevo, capital da Bósnia e Herzegovina, completará 80 anos em setembro e, segundo a ANSA, é o mais velho entre os cardeais aptos a votar no conclave. Sua presença estava em dúvida também devido a problemas de saúde, mas, segundo a ANSA, ele recebeu "sinal verde dos médicos" e viajará para Roma para participar tanto do funeral de Francisco quanto do conclave. Puljic já participou das eleições que resultaram nos pontificados de Bento XVI, em 2005, e do próprio Francisco, em 2013.

O Vatican News informou nesta sexta-feira (25) que, pela manhã, cardeais presentes em Roma realizaram a quarta Congregação Geral, reuniões que ocorrem após o falecimento de um pontífice. O encontro ocorreu no Novo Salão do Sínodo, no Vaticano, e contou com a presença de 149 cardeais, ao que tudo indica, nem todos com direito a voto no próximo conclave. O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, explicou que a sessão incluiu momentos de oração e intervenções sobre a situação da Igreja e do mundo.

Ainda segundo Bruni, o funeral do Papa Francisco será celebrado neste sábado (26), às 10h (horário local), na Basílica de São Pedro, com o rito próprio de um “pastor, não de um soberano”. Após a cerimônia, o corpo será trasladado para a Basílica de Santa Maria Maior para o sepultamento, conforme o Vatican News, em ato reservado.

Após o sepultamento de Francisco, os cardeais seguirão o ritual dos Novendiali, nove dias de orações em sufrágio pela alma de Francisco, antes do início do conclave. A visita pública ao túmulo do pontífice estará liberada a partir deste domingo (27).

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