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Explosão destruiu quase que totalmente o muro do quartel | FELIX ORDONEZ/REUTERS
Explosão destruiu quase que totalmente o muro do quartel| Foto: FELIX ORDONEZ/REUTERS

Ao menos 65 pessoas ficaram feridas na explosão de um carro-bomba nesta quarta-feira (29) na cidade espanhola de Burgos, no norte do país. A maioria das vítimas não teve ferimentos graves. A polícia responsabilizou os rebeldes do grupo separatista basco ETA pela explosão, mas nenhum grupo se declarou autor do ataque até o momento. O ETA (Pátria e Liberdade) está completando 50 anos de atividades, período em que matou quase 900 de pessoas em atentados a bomba ou a tiro.

A bomba explodiu no edifício que abrigava funcionários de um quartel da Guarda Civil da cidade por volta das 4h (23h no horário de Brasília). A explosão destruiu a fachada do prédio e deixou uma cratera na rua.

De acordo com o jornal "El País", havia 120 pessoas dormindo, entre elas 41 crianças, no momento do atentado.

"Nós sabemos que enfrentamos um bando de assassinos. Sabemos que são assassinos selvagens e enlouquecidos, o que os faz mais perigosos, porém não mais fortes", disse o ministro do Interior da Espanha, Alfredo Pérez Rubalcaba.

Segundo ele, desta vez, não houve nenhuma ameaça prévia, o que seria normal quando um ataque ocorre contra a Guarda.

De acordo com a polícia, os terroristas usaram um carro com 200 quilos de explosivos e o estacionaram na tarde de terça-feira, 14 horas antes da explosão, a 16 metros da entrada do prédio. A placa do automóvel era falsificada, de um cidade vizinha, o que confundiu o controle de segurança.

Mais de 800 mortes são atribuídas ao ETA nos últimos 40 anos, em meio a uma campanha para estabelecer uma pátria basca independente no norte da Espanha e no sul da França.

A morte mais recente atribuída ao ETA ocorreu em 19 de junho, quando um inspetor da polícia morreu em um veículo onde estava instalado um explosivo, na cidade de Bilbao, no Norte da Espanha.

Os autores do atentado utilizaram 200 kg de explosivos, segundo a imprensa espanhola.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, condenou duramente o atentado.

"Em nome da Comissão e não no meu próprio, desejo expressar nossa mais firme condenação ao atentado contra um estabelecimento da Guarda Civil em Burgos. Desejo, antes de mais nada, uma rápida recuperação dos feridos deste ataque indiscriminado e selvagem", disse em um comunicado.

"Mais uma vez, quero expressar a solidariedade total da Comissão Europeia com os cidadãos e as instituições democráticas espanholas na luta contra o terrorismo", completou Barroso.

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