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Partidários do Hezbollah fazem protestos no local onde houve a explosão do carro-bomba | REUTERS / Hasan Shaaban.jpg
Partidários do Hezbollah fazem protestos no local onde houve a explosão do carro-bomba| Foto: REUTERS / Hasan Shaaban.jpg

Pelo menos 14 pessoas morreram e outras 200 ficaram feridas nesta quinta-feira (15) após a explosão de um carro-bomba no bairro xiita de Beirute, um dos principais bastiões do grupo radical Hezbollah no Líbano. Um grupo desconhecido que se diz aliado aos rebeldes sírios reivindicou a ação.

De acordo com a Agência Nacional de Informação, o veículo com os explosivos estava em uma área comercial entre os bairros de Bir el-Abed e Rweiss, região de um dos principais complexos do Hizbullah. Os mortos e os feridos foram levados para quatro hospitais de Beirute.

O canal Al Manar, vinculado ao Hezbollah, mostrou imagens de um grande incêndio provocado pela bomba, que atingiu a fachada de cinco prédios vizinhos e carros estacionados. A área atingida fica perto do complexo Sayyed al-Shuhadaa, onde o líder religioso da entidade, Hassan Nasrallah, discursa a seus seguidores.

O atentado foi reivindicado por um vídeo na internet de um grupo chamado Brigadas de Aisha. A entidade, até então desconhecida, diz que é aliado dos rebeldes sírios e pede que os libaneses fiquem longe das regiões controladas pelo Hezbollah.

O representante das brigadas afirmaram que este é o segundo aviso a Hassan Nasrallah. Ele não menciona qual foi o primeiro, mas a suspeita é que o grupo também seja responsável por outro atentado ocorrido na região em 9 de julho, que deixou 53 feridos.

Tensão sectária

A tensão sectária no Líbano aumentou nos últimos meses devido ao acirramento da crise na vizinha Síria. Em maio, o Hezbollah enviou milhares de combatentes ao país vizinho para ajudar o regime de Bashar al-Assad a recuperar parte do território do país perdido para os rebeldes, de maioria sunita.

A presença do grupo radical provocou ameaças dos opositores sírios e dos sunitas libaneses, que também se mostraram contra a operação. Na ocasião, Nasrallah voltou a dar apoio a Assad e afirmou que seu grupo continuará a combater na Síria até que Damasco retome o controle do país.

Em outubro do ano passado, uma outra explosão matou o dirigente sunita Wissam al Hassan, que apoiava os rebeldes sírios. Em maio, um bairro xiita de Beirute foi alvo de um ataque com um foguete militar, sem deixar feridos.

A preocupação é que o conflito na Síria leve o Líbano a uma nova guerra civil, como a terminada em 1990. Os confrontos causados pela tensão no país vizinho começaram no norte libanês, mas avançam por outras áreas do país, como a cidade de Sidon e alguns bairros da capital Beirute.

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