A Grã-Bretanha tentou impedir a execução de Saddam Hussein, apelando ao governo iraquiano na véspera do enforcamento do ex-ditador, escreveu a secretária de Relações Exteriores Margaret Beckett.
Em uma carta ao parlamentar Andrew Mackinlay, ela disse que a Grã-Bretanha pressionou muitas vezes, explicando: "Isso incluiu lobby no mais alto nível em Bagdá no dia 29 de dezembro".
O líder iraquiano foi enforcado no dia seguinte, e a execução foi secretamente gravada. As imagens mostraram observadores xingando Saddam com frases como "Vá para o inferno" e gritando o nome de um clérigo xiita.
Após pressões para se mostrar publicamente contra a execução, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, quebrou o silêncio apenas na quarta-feira, chamando a maneira como Saddam foi morto de "inaceitável" e "errada".
Na carta a Mackinlay, ela escreveu: "Posso reassegurar que o governo britânico deixou claro várias vezes ao governo iraquiano sua posição em relação à pena de morte em todos os casos".
"Continuamos pedindo às autoridades iraquianas que acabem com a pena de morte", concluiu.



