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Estados Unidos

Casa Branca: “forças anti-Trump” querem “instrumentalizar” caso de jornalista em chat do governo

O diretor do FBI, Kash Patel, a diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, e o diretor da CIA, John Ratcliffe, em audiência no Senado americano nesta terça-feira (Foto: EFE/EPA/JIM LO SCALZO)

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A Casa Branca apontou nesta terça-feira (25) que há motivação política na repercussão sobre o episódio em que funcionários da gestão Donald Trump colocaram acidentalmente um jornalista num grupo no app de mensagens Signal.

O jornalista Jeffrey Goldberg, da The Atlantic, revelou o fato num artigo publicado nesta segunda-feira (24) no site da revista americana e disse que ficou sabendo no grupo sobre um ataque aéreo americano ao Iêmen poucas horas antes do bombardeio acontecer, no último dia 15.

Num post no X, Steven Cheung, assistente de Trump e diretor de comunicações da Casa Branca, disse que a repercussão sobre o episódio representa “a mesma e cansada jogada dos últimos anos” e citou investigações sobre outros casos envolvendo o presidente – pela suposta interferência russa na eleição de 2016 e pelos documentos confidenciais levados por Trump para sua casa na Flórida ao fim do seu primeiro mandato (2017-2021).

“Da farsa ‘Rússia, Rússia, Rússia’ do primeiro mandato ao caso falso dos documentos dos últimos quatro anos... a todo momento, as forças anti-Trump tentaram instrumentalizar ações inócuas e transformá-las em indignação falsa que os veículos de fake news podem usar para vender desinformação”, escreveu Cheung.

“Não deixe que os inimigos da América escapem impunes com essas mentiras”, disse o assistente de Trump.

Goldberg, que depois saiu do grupo, afirmou que uma mensagem enviada pelo secretário de Defesa de Trump, Pete Hegseth, às 11h44 do dia 15, continha informações “precisas” sobre as armas que seriam utilizadas, os alvos e os horários da operação no Iêmen.

O episódio foi discutido numa audiência no Comitê de Inteligência do Senado nesta terça-feira, da qual participaram a diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, o diretor do FBI, Kash Patel, e o diretor da CIA, John Ratcliffe.

Ratcliffe, que estava no chat, disse que é “claro” que a inclusão de Goldberg no grupo não foi apropriada, mas disse que sua parte na conversa foi “inteiramente permitida e legal e não incluía informações confidenciais”, segundo informações da CNN. Patel não disse se o FBI fará uma investigação sobre o assunto.

O vice-presidente do comitê, o senador democrata Mark Warner, disse que Hegseth deveria renunciar.

“Nós nem sequer recebemos um pedido de desculpas. Nós nem sequer tivemos o reconhecimento: ‘Ah, sim, se os houthis tivessem obtido essa informação, eles poderiam ter reposicionado suas defesas e vidas americanas poderiam ter sido e provavelmente teriam sido perdidas’”, argumentou.

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