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Porta-voz da Casa Branca disse que EUA “sempre” apoiarão Ucrânia na busca por diálogo, e que órgãos do governo americano avaliarão se gestão Biden vai designar formalmente ofensiva russa como genocídio
Porta-voz da Casa Branca disse que EUA “sempre” apoiarão Ucrânia na busca por diálogo, e que órgãos do governo americano avaliarão se gestão Biden vai designar formalmente ofensiva russa como genocídio| Foto: EFE/EPA/Oliver Contreras

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, continua aberto para negociar com Vladimir Putin, apesar de ter acusado o mandatário russo de cometer genocídio na Ucrânia, alegou nesta quarta-feira (13) a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

A porta-voz se posicionou ao ser perguntada, durante entrevista coletiva, sobre o se o uso da palavra “genocídio” para descrever a guerra na Ucrânia significa que Biden fechou a porta para o diálogo com Putin.

“Não, eu contestaria esse entendimento. As conversações de paz são algo que sempre apoiaremos, o presidente, o secretário de Estado e o assessor de Segurança Nacional. Sempre apoiaremos os ucranianos nesse esforço”, declarou.

Psaki defendeu os comentários feitos por Biden na terça-feira (12), nos quais usou a palavra “genocídio” para descrever a guerra na Ucrânia em evento em Iowa, onde falava sobre a inflação.

Após o tumulto, Biden falou com repórteres que viajavam com ele e disse acreditar que Putin está cometendo um genocídio na Ucrânia.

“Está a se tornando cada vez mais claro que Putin está tentando eliminar a ideia de ser ucraniano. As evidências estão aumentando. É diferente da semana passada. Estão surgindo mais provas que mostram literalmente as coisas horríveis que os russos têm feito na Ucrânia”, comentou Biden.

O presidente, contudo, disse que deixaria para os advogados a decisão em nível internacional se os acontecimentos na Ucrânia se qualificam ou não como genocídio: “Mas me parece que sim”, acrescentou.

Como Biden fez as observações durante um discurso sobre a inflação, alguns analistas políticos começaram a especular sobre se ele tinha ou não saído do roteiro sobre uma questão vital para a política externa dos EUA, algo que já fez em outras ocasiões.

Psaki não esclareceu se estava previsto que Biden faria tal comentário, mas argumentou que ele é o presidente dos EUA e “do mundo livre”, de modo que pode expressar a sua opinião sempre que quiser.

A representante explicou também que o Departamento de Estado dos EUA e outras agências governamentais realizarão uma análise jurídica interna para decidir se devem designar formalmente o que está acontecendo na Ucrânia como genocídio.

A Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, adotada em 1948 pela ONU, considera que o genocídio é cometido quando se mata ou comete atos de violência contra um grupo com a intenção de destruí-lo total ou parcialmente por sua nacionalidade, etnia, raça ou afiliação religiosa. O Kremlin considerou “inaceitável” a acusação feita por Biden.

Biden anunciou nesta quarta-feira que autorizou US$ 800 milhões adicionais em assistência militar e de segurança à Ucrânia, depois de falar por telefone com seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.

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