A Casa Branca anunciou, neste domingo, a intenção de ampliar os testes aleatórios de drogas nas escolas americanas. Segundo autoridades, a medida é uma maneira efetiva de manter os jovens longe de substâncias como maconha e metanfetaminas. Para pais, educadores e dirigentes escolares contrários à idéia, os testes além de não desencorajar o uso de drogas, minam a confiança e invadem a privacidade dos estudantes.
- Nosso dinheiro deveria ir para a educação de jovens, não para colocá-los sob estes programas de vigilância - disse Jennifer Kern, pesquisadora do grupo sem fins lucrativos Drug Policy Alliance, que com frequência critica a política de drogas dos EUA.
Pedir para estudantes fornecerem amostra de urina ou de cabelo para serem usados em testes de laboratório é uma tática relativamente nova na "guerra contra as drogas" dos EUA, que já dura décadas, ao lado de câmeras de vigilância e cães farejadores de drogas em corredores escolares.
A Suprema Corte dos EUA determinou em 1995 que escolas podem fazer testes aleatórios em estudantes atletas que não são suspeitos de uso de drogas. Em 2002, determinou que todos os estudantes que participam de atividades voluntárias, como torcidas, bandas ou debates, pode ser submetidos a testes aleatórios.
Desde então, o governo Bush gastou 8 milhões de dólares para ajudar as escolas a pagarem programas de testes de drogas. A Casa Branca espera gastar 15 milhões de dólares para testes de drogas no próximo ano fiscal.
Cerca de 600 dos 15 mil distritos escolares do país usam testes de drogas, segundo autoridades do setor de controle de drogas da Casa Branca.



