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Arquivo: soldados americanos trabalham em um sistema de mísseis Patriot em uma base militar
Arquivo: soldados americanos trabalham em um sistema de mísseis Patriot em uma base militar turca em Gaziantep, em 2013| Foto: Bulent KILIC/AFP

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos apresentou à administração do presidente Donald Trump um plano militar que prevê o envio de 120 mil soldados ao Oriente Médio, caso o Irã ataque as forças americanas ou acelere o desenvolvimento de armas nucleares, segundo reportagem do New York Times, publicada nesta segunda-feira (13).

A ordem da revisão do plano militar para a região, de acordo com fontes do governo americano ouvidas pela publicação, foi dada por "oficiais linha-dura", liderados pelo conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton. Eles, contudo, não preveem uma invasão ao país, o que requereria um número muito maior de soldados.

A Casa Branca e o Pentágono não comentaram publicamente a informação até o momento.

Há pouco mais de uma semana, os Estados Unidos enviaram um porta-aviões, aviões de bombardeio e mísseis de defesa para a região, em meio ao agravamento da crise com o Irã. As tensões entre os dois países estão aumentando desde o ano passado, quando Trump retirou os Estados Unidos do Plano de Ação Conjunto Global  (JCPOA, na sigla em inglês).

O objetivo da administração Trump é forçar Teerã a concordar com um acordo de controle de armas mais abrangente, mas um ano depois da saída dos EUA, o Irã anunciou que suspenderia parte do JCPOA e ameaçou aumentar o enriquecimento de urânio no país.

Culpa do Irã

Uma avaliação preliminar realizada por uma equipe militar americana indicou que o Irã ou forças aliadas ao país foram os responsáveis pelos ataques a quatro navios comerciais na costa dos Emirados Árabes Unidos, no Golfo Pérsico, neste domingo (12). A informação foi revelada pela Fox News e pela Associated Press, com base em uma fonte do governo dos Estados Unidos, embora nenhuma fonte oficial tenha indicado suspeitos.

De acordo com a Associated Press, iranianos ou seus aliados usaram explosivos para danificar os navios – dos quais dois são petroleiros da Arábia Saudita, um da Noruega e outro dos Emirados Árabes Unidos. Cada navio tinha um buraco de 5 a 10 pés, perto ou abaixo da linha de água, segundo disse um funcionário dos EUA à agência de notícias.

Os Emirados Árabes Unidos pediram aos EUA para ajudar a investigar os danos, caracterizados pelas autoridades do Golfo como sabotagem. A mídia estatal dos Emirados Árabes Unidos informou que não houve feridos ou fatalidades a bordo dos navios e nenhum produto químico foi derramado.

Os navios estavam se aproximando do Estreito de Ormuz quando foram atacados. Ormuz é via navegável mais importante para as remessas mundiais de petróleo, com os navios-tanque transportando cerca de 40% de todo o petróleo bruto comercializado internacionalmente todos os dias. Todas as exportações de petróleo do Kuwait, Irã, Catar e Bahrein, mais de 90% das da Arábia Saudita e do Iraque, e 75% das remessas dos Emirados Árabes passam pelo estreito.

A natureza do incidente permanece incerta – nem a Arábia Saudita nem os Emirados Árabes Unidos disseram exatamente o que aconteceu.

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