Londres O chefe da Polícia de Londres, Ian Blair, recebeu ontem um voto de desconfiança da Assembléia de Londres, mas reafirmou que não tem planos de deixar o cargo, apesar da condenação da polícia no caso da morte do brasileiro Jean Charles de Menezes.
Durante um duro interrogatório na Assembléia de Londres (órgão encarregado de fiscalizar a atuação do prefeito e de investigar assuntos relativos à capital), Blair insistiu que tem o apoio dos londrinos e de seus subordinados.
No texto da moção de desconfiança, a Assembléia pede que a Polícia de Londres "dê os passos necessários para pôr um fim ao debate sobre a posição do comissário de polícia da metrópole, que é em detrimento do policiamento em Londres, e encerre sua indicação (ao cargo), se necessário obtendo o consentimento do ministro do Interior".
Na semana passada, a polícia de Londres foi condenada a pagar multa de 175 mil libras (cerca de R$ 634 mil) e mais 385 mil libras (cerca de R$ 1,394 milhão) pelos custos do processo por violar regras para garantir a segurança pública durante a operação em que Jean Charles foi morto, em 22 de julho de 2005.
O eletricista foi morto com sete tiros por policiais que o confundiram com um homem suspeito de planejar atentados na cidade.



