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Londres - O Irã aparentemente está mudando secretamente as sentenças dos iranianos que aguardam a execução por apedrejamento para a morte por enforcamento. A medida está sendo tomada por causa dos protestos internacionais iniciados depois da divulgação do caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani, mulher de 43 anos condenada por adultério e assassinato, informa nesta sexta-feira, 13, o jornal britânico The Guardian.

Mariam Ghorbanzadeh, de 25 anos, grávida de seis meses que abortou após ser mal tratada e espancada em na prisão de Tabriz nesta semana, inicialmente havia sido sentenciada ao apedrejamento por adultério, mas uma rápida decisão judicial reviu sua pena. Acredita-se que a decisão foi tomada pelas autoridades iranianas para evitar a condenação internacional pela utilização de tal pena.

Segundo a lei iraniana, ela não poderia ser executada enquanto estivesse grávida. Seu advogado, Houtan Kian, disse ao Guardian temer "que o Irã execute Mariam e outras pessoas cujos casos não foram levados à mídia internacional", como aconteceu com Sakineh. Kian também é o representante legal de Sakineh e outras duas mulheres condenadas por adultério.

Uma delas, Azar Bagheri, de 19 anos, foi presa aos 15 depois de seu marido a acusar de manter um relacionamento fora do casamento. Ela havia sido inicialmente condenada à morte, mas depois que o caso de Sakineh veio à tona, sua pena foi revista para cem chibatadas. Embora ela tivesse sido sentenciada à morte há quatro anos, ela não poderia ser executada antes de completar 18 anos.

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