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Tanques israelenses patrulhando ao longo da fronteira com Khan Younis, na parte sul da Faixa de Gaza
Tanques israelenses patrulhando ao longo da fronteira com Khan Younis, na parte sul da Faixa de Gaza| Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI

Os esforços entre os mediadores continuam para chegar a um acordo de trégua na Faixa de Gaza, mas a situação é "muito complicada", disse nesta terça-feira (12) o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al Ansari.

"Os esforços do Catar continuam para chegar a um cessar-fogo, mas a situação é muito complicada", admitiu Ansari em sua entrevista coletiva semanal em Doha, acrescentando que a situação humanitária no enclave está indo de "mal a pior".

Na semana passada, o Egito sediou uma rodada de negociações entre delegações de todos os lados, exceto Israel, na esperança de chegar a uma trégua antes do início do mês sagrado do Ramadã, que começou nesta segunda (11).

No entanto, fontes egípcias e palestinas indicaram que as negociações deveriam ser retomadas nesta semana, o que, até agora, não aconteceu oficialmente.

Ansari afirmou que nenhum dos lados pode ser culpado pelo fracasso em chegar a um acordo nas negociações, que estão em uma "situação delicada". "Temos que deixar a questão das negociações fora das declarações oficiais", disse.

O porta-voz destacou que um dos principais objetivos do Catar - um dos mediadores do conflito e um país que abriga o escritório político do grupo terrorista Hamas - é chegar a um cessar-fogo definitivo na Faixa de Gaza.

"Asseguramos que os dois lados devem chegar a uma solução, mas os esforços continuam e a complexidade está em chegar nesse consenso", insistiu.

Apesar de semanas de negociações com mediadores de Catar, Egito e Estados Unidos, nenhum acordo de trégua foi alcançado, em parte devido à recusa de Israel em concordar com um cessar-fogo permanente em troca dos reféns e à recusa do Hamas em aceitar uma primeira trégua temporária de cerca de 40 dias, de acordo com o último rascunho.

O chefe do Mossad, David Barnea, e o diretor da CIA, Bill Burns, se reuniram na última sexta-feira (8) para tentar chegar a um acordo sobre uma trégua em Gaza e uma troca de reféns por prisioneiros palestinos, anunciou o gabinete do primeiro-ministro israelense.

De acordo com várias fontes envolvidas na situação, o esboço do acordo sobre a mesa antes do início do Ramadã previa uma trégua de seis semanas e a troca de 40 reféns do Hamas por cerca de 400 prisioneiros palestinos.

Na semana passada, Israel se recusou a enviar uma delegação ao Cairo para negociar, visto que o Hamas não forneceu uma lista dos 130 reféns vivos que permanecem dentro do enclave.

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