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Nova York - Enchentes, incêndios, derretimento de geleiras, calor insuportável: da fumaça que sufoca Moscou às águas que inundam o Paquistão, o hemisfério norte parece estar passando por um colapso em seu verão. E não se trata apenas de um sinal do que está por vir, dizem os cientistas, mas um indicador da mudança climática já em andamento.

Os cataclismos climáticos de julho e agosto se encaixam nos padrões previstos por cientistas climáticos, assegura a Organi­­zação Mundial de Meteorologia (OMM), embora os cientistas evitem ligar fenômenos específicos ao aquecimento global.

Os especialistas agora veem uma necessidade urgente de obter meios mais eficazes de prever eventos extremos, como a onda de calor e os incêndios florestais na Rússia e o dilúvio que atinge o Paquistão. Eles discutirão as ferramentas necessárias em reuniões realizadas em agosto e setembro na Europa e nos EUA, sob patrocínio da Organiza­­ção das Nações Unidas (ONU), de Londres e de Washington.

"Não há tempo a perder", porque as sociedades precisam se equipar para lidar com o aquecimento global, disse o climatologista britânico Peter Stott.

A rede de especialistas em clima das Nações Unidas – o Painel Internacional sobre a Mudança Climática (IPCC, por suas iniciais em inglês) – prevê há tempos que a elevação das temperaturas globais produziria ondas de ca­­lor e chuvas mais intensas e frequentes.

Stott e Gavin Schmidt, do Ins­­tituto Goddard de Estudos Espa­­ciais, dizem que o melhor é pensar em termos de probabilidades: o aquecimento global pode do­­brar a chance de haver ondas de calor, por exemplo. "E isso é exatamente o que está acontecendo", disse Schmidt.

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