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Ásia

Centenas de pessoas são detidas no Tibete após autoimolação

No domingo, dois homens tibetanos se atearam fogo em Lhasa. Foi a primeira vez que protesto deste tipo aconteceram na capital, o que alarmou autoridades de Pequim

Centenas de tibetanos foram detidos em Lhasa por agentes de segurança chineses, depois de dois protestos com autoimolação contra o domínio chinês sobre o Tibete, alimentando as preocupações de espalhar a inquietação entre tibetanos na China.

No domingo, dois homens tibetanos se atearam fogo em Lhasa, informou a agência de notícia estatal Xinhua. Um dos homens morreu. Foi a primeira vez que protesto deste tipo aconteceram na capital, o que alarmou autoridades de Pequim. Na quarta-feira, uma mulher de 33 anos se imolou em frente a um monastério budista na província de Sichuan, contou a organização baseada em Londres Free Tibet. A tibetana, identificada apenas como Rechok, também morreu.

A China tem classificado os manifestantes como terroristas e criminosos e acusou os tibetanos exilados e o líder espiritual tibetano, o Dalai Lama, de incitá-los. A população, no entanto, diz que as imolações são atos desesperados, frutos da repressão chinesa e das restrições impostas ao budismo. Desde março do ano passado, ao menos 35 tibetanos atearam fogo em si mesmos como forma de protesto contra o governo de Pequim. Vinte e sete teriam morrido.

Segundo a rádio Free Asia, desde de domingo - quando os dois homens se imolaram na capital tibetana, uma enorme operação de segurança se instalou na região. Com base em depoimentos de testemunhas não identificadas, a emissora contou que cerca de 600 pessoas foram presas nos arredores de Lhasa. Não tibetanos também teriam sido expulsos da cidade. Entre os detidos, estariam suspeitos de gravar a autoimolação com celulares. Turistas que presenciaram a cena também foram acompanhados de volta a seus hotéis, onde as câmeras fotográficas teriam sido revistadas.

Hao Peng, chefe da Comissão do Partido Comunista para os Assuntos Políticos e Jurídicos da Região Autônoma do Tibete, exortou as autoridades a reforçar seu controle sobre a internet e mensagens de texto por celular, refletindo os temores do governo sobre a agitação durante um festival budista de um mês de duração, que começou última semana.

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