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Cerca de 150 mil pessoas passaram pelo caixão do papa Francisco na Basílica de São Pedro, no Vaticano, para se despedir do pontífice nos últimos três dias, até o meio-dia desta sexta-feira, véspera de seu funeral.
O porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni, confirmou o número às 12h (hora local, 7h de Brasília).
O velório do pontífice argentino, que morreu na última segunda-feira aos 88 anos, permanecerá aberto até às 19h de hoje (14h de Brasília), antes da cerimônia de fechamento do caixão que acontecerá antes de seu funeral solene na manhã deste sábado (26).
As autoridades italianas esperam que 200 mil pessoas compareçam ao funeral na Praça de São Pedro, junto com 130 delegações de vários países, incluindo chefes de Estado como o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, e uma dezena de soberanos reinantes, incluindo o rei Felipe VI da Espanha.
A Defesa Civil italiana enviou uma mensagem a todos os telefones de Roma para informá-los do fechamento do acesso à Praça de São Pedro a partir das 17h de hoje (12h de Brasília).
O fechamento do caixão ocorrerá depois e será em uma cerimônia privada.
Após o funeral de sábado, o corpo de Francisco será levado em um cortejo fúnebre por Roma até a Basílica de Santa Maria Maior, onde escolheu descansar por conta de sua profunda devoção à Virgem Salus Populi Romani (salvação do povo romano).
De fato, seu túmulo foi preparado ao lado da capela que abriga esse ícone mariano e consistirá em uma simples laje de mármore no chão com uma única inscrição: "FRANCISCUS", seu nome papal em latim.
Um total de 149 cardeais dos 252 membros do Colégio Cardinalício já chegaram a Roma, embora apenas 133 entrem no conclave para eleger um sucessor por terem menos de 80 anos, uma regra obrigatória.
Visita ao túmulo do papa
Os cardeais que comparecerão ao funeral de amanhã visitarão o túmulo do papa argentino no domingo (27).
O funeral também marca o início do Novemdiales, o período de luto de nove dias no Vaticano pela morte do pontífice.
Em relação ao conclave, a lei do Vaticano estipula que a reunião deve começar dentro de 20 dias da morte do papa, ocorrida em 21 de abril.
Por essa razão, a expectativa é que os cardeais se "tranquem" na Capela Sistina entre 5 de maio, quando termina o período de luto, e 10 de maio, quando expira o período de 20 dias sem um papa.
A Capela Sistina anunciou seu fechamento a partir de 28 de abril para se preparar para o conclave.
Conteúdo editado por: Isabella de Paula



