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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse neste sábado estar confiante de que as potências mundiais irão concordar em relação ao que fazer agora contra o Irã, país que tem recusado os pedidos internacionais para suspender o seu programa nuclear.

O comentário de Merkel se dá um dia depois da China, apoiada pela Rússia, recusar a idéia de sanções financeiras contra o Irã, durante negociações sobre uma nova resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas contra Teerã.

``Eu estou otimista. Vamos conseguir concordar sobre os próximos passos'', declarou Merkel, durante discurso em Berlim, numa conferência sobre as relações entre Israel e a Europa.

Ela reiterou a visão ocidental de que Teerã precisa suspender o seu programa de enriquecimento de urânio. A União Européia e os Estados Unidos suspeitam que o Irã desenvolve armas nucleares.

Caso os iranianos suspendam o programa, as grandes potências, segundo Merkel, negociariam um pacote de incentivos a Teerã.

O Irã nega estar desenvolvendo bombas atômicas e insiste que o seu programa é só para gerar energia.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou um pacote limitado de sanções ao Irã em dezembro passado. A resolução dava um prazo de até 21 de fevereiro para o país suspender o enriquecimento de urânio.

Teerã ignorou o prazo, e as potências mundiais negociam agora penalidades mais duras. Porém, a China e a Rússia têm discordâncias com o último esboço da resolução.

A proposta aumentaria a lista de pessoas, empresas e grupos cujos bens seriam congelados ou com quem o comércio ficaria restrito. Entre eles, a Guarda Revolucionária do Irã e o banco estatal Sepah.

Merkel enfatizou a importância da unidade no momento em que a comunidade internacional intensifica a pressão sobre Teerã.

``Está correto o esforço para manter uma frente comum com a Rússia e a China'', afirmou a chanceler.

Moscou e Pequim, assim como Washington, Londres e Paris, têm poder de veto no Conselho de Segurança.

CRÍTICAS À SÍRIA

Sobre o conflito entre israelenses e palestinos, Merkel declarou que era um bom sinal o fato de os países árabes mostrarem crescente interesse na resolução da crise.

``Sem os esforços regionais, seria muito difícil, à distância, resolver o conflito entre israelenses e palestinos. Vejo isso como um sinal de esperança.''

A chanceler, contudo, não teve elogios para a Síria, a quem acusou de não fazer nada para melhorar a situação no Líbano e em toda a região.

``Pequenos sinais de cooperação devem ser visíveis. Infelizmente, não há nada visível'', afirmou Merkel. ``Não há nenhuma cooperação síria em relação ao fortalecimento da soberania libanesa.''

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