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Bush pode visitar Polônia para conversar sobre escudo antimíssil

George W. Bush pode visitar Varsóvia neste trimestre para conversar sobre a instalação de parte do planejado sistema de defesa dos EUA na Polônia.

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O chanceler russo, Sergei Lavrov, rejeitou na terça-feira a oferta norte-americana de cooperação nas atividades de defesa antimísseis, alegando que seu país não aceitaria um fato consumado por parte de Washington e que não tem interesse no plano.

A oferta de cooperação havia sido feita na segunda-feira pelo secretário norte-americano de Defesa, Robert Gates, que sugeriu, por exemplo, exercícios conjuntos e compartilhamento de dados. Os EUA pretendem instalar partes do sistema na República Checa e na Polônia, países próximos e tradicionalmente sob a esfera de influência da Rússia.

"Temos a impressão de que tudo já foi decidido em Washington. Não podemos realmente ver nossa adesão", afirmou Lavrov, alertando para o risco de o projeto "desestabilizar a situação na Europa".

Gates foi recebido com frieza em Moscou, inclusive pelo presidente Vladimir Putin, enquanto o ministro polonês da Defesa, Aleksander Szczyglo, disse que Varsóvia só aceitará abrigar o escudo antimísseis se a segurança da Polônia for beneficiada.

O objetivo declarado do escudo antimísseis é conter a suposta ameaça de países como Irã e Coréia do Norte, mas a reação russa, com temores à sua própria segurança, provocou comparações com a época da Guerra Fria.

"Não queremos ser uma bola de futebol entre Rússia e Estados Unidos", disse na terça-feira a jornalistas o chanceler de Luxemburgo, Jean Asselborn, que desde o início criticou o escudo. "Queremos que os Estados Unidos, a Rússia e a Europa joguem juntos em um projeto comum de defesa."

Na Polônia, as pesquisas mostram que a maioria da população é contra a instalação de dez bases de interceptação de mísseis no país, por temer que isso atraia ataques terroristas.

Gates embarca em seguida para Berlim, onde na quarta-feira discute a proposta dos EUA com o ministro alemão da Defesa. O tema deve dominar também o encontro de quinta-feira em Oslo entre Lavrov e os chanceleres da Otan, entre os quais a secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice.

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