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Desapropriações

Chávez intervém em 80 empresas

Presidente venezuelano anuncia que o governo vai tomar controle de companhias cujos proprietários cometeram “irregularidades”

Governo da Venezuela exigiu remoção de logomarca da Pepsi em Caracas: empresa é acusada de monopólio e especulação com alimentos | Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Governo da Venezuela exigiu remoção de logomarca da Pepsi em Caracas: empresa é acusada de monopólio e especulação com alimentos (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

O presidente da Venezuela, Hu­­go Chávez, continuou ontem a onda de intervenções e desapropriações. Durante o programa "Alô Presi­­dente’’, Chávez anunciou a intervenção em 80 empresas pertencentes a banqueiros processados por "irregularidades". Também decretou a desapropriação de três companhias e de outros nove co­­mércios que su­­postamente incorreram em "violação de preços".

Além disso, ele afirmou que deve rever rapidamente o uso da água por multinacionais instaladas no país, como Coca-Cola e Pep­­si. "A água que essas empresas pri­­vatizam pertence ao povo. A água é um bem social", afirmou. A Po­­lar, maior empresa alimentícia da Venezuela e produtora da Pepsi no país, está sendo investigada por monopólio e especulação com alimentos.

A empresa Polar ainda teve de re­­mover a logo da Pepsi, instalada no topo do prédio da companhia em Caracas, por supostamente não ter autorização para manter o globo metálico no alto do edifício.

Chávez também aprovou a "aquisição forçada" da Alentuy CA, que fabrica latas de alumínio e a Envases Internacional SA, que produz embalagens para o setor de alimentação.

No final de 2009, uma dezena de pequenas instituições financeiras, que representavam menos de 7% do sistema bancário nacional, sofreram intervenção do go­­verno devido a "irregularidades" detectadas em sua administração. O governo anexou aos bancos públicos um grupo de bancos que sofreram intervenção.

Internet

No momento em que alcança a marca de 500 mil seguidores no Twitter, Chávez também aumenta o cerco a oposicionistas na in­­ternet. No último domingo, o presidente venezuelano acusou um site de notícias de divulgar "incitações a um golpe de Estado" contra seu governo, e ordenou as au­­toridades a "abrir uma investigação" sobre o caso.

"Continuam aparecendo incitações a um golpe de Estado e isso não pode continuar", disse Chá­­vez em referência ao site Noti­­ciero Digital. "Não acreditem que eu seja tão estúpido como fui há sete anos", advertiu o presidente, aludindo a abril de 2002, quando um golpe de estado o afastou do poder por dois dias.

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