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Saúde

Chávez viaja a Cuba para cirurgia

Presidente da Venezuela diz que vencerá o câncer e voltará para disputar a eleição presidencial

Chavez com a filha, Rosa, durante cerimônia de despedida em Caracas antes de sua viagem para Cuba | Jorge Silva/Reuters
Chavez com a filha, Rosa, durante cerimônia de despedida em Caracas antes de sua viagem para Cuba (Foto: Jorge Silva/Reuters)

Animando seus simpatizantes com músicas folclóricas e piadas, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, protagonizou ontem uma despedida emocionada, enquanto venezuelanos que o apoiam rezavam em todo o país antes de sua viagem para Cuba, onde será submetido a uma cirurgia contra o câncer.

O anúncio de que o presidente precisa de uma operação para retirar um provável tumor maligno trouxe incerteza à eleição presidencial de 7 de outubro.

Chávez disse que talvez necessite fazer um tratamento com radioterapia depois da operação marcada para o começo da semana que vem em Havana, onde ele já fez uma primeira cirurgia para a retirada de um tumor na pélvis no ano passado, sugerindo a perspectiva de outra convalescença demorada.

Apesar disso, ele fez uma série de aparições públicas.

"Sonhei há um tempo que Cristo vinha e dizia ‘Chávez, le­­vante, não é hora de morrer, é hora de viver’", disse ele, lembrando a história bíblica de Jesus ressuscitando Lázaro dentre os mortos.

"Se o câncer estiver de volta, eu o declaro ‘esquálido’ e ele será tratado impiedosamente e será derrotado", disse, usando um termo cunhado há alguns anos para ridicularizar a oposição na Vene­­zuela.

Contando anedotas sobre sua infância e cantando canções folclóricas venezuelanas, Chávez buscou animar os simpatizantes em uma longa cerimônia realizada em um teatro de Caracas transmitida ao vivo, por ordem do go­­verno, por todos os canais de tevê venezuelanos.

Por todo o país, simpatizantes preocupados com a saúde de Chá­­vez organizaram serviços re­­li­­giosos e lhe enviaram mensagens.

"Sem tristeza"

A televisão estatal desenterrou imagens antigas de um jovem Chávez falando à multidão, beijando crianças e fazendo es­­por­­tes.

"Somos a maioria; não há espaço para tristeza", disse o líder socialista a simpatizantes que aplaudiam e comemoravam cada palavra na cerimônia da noite de quinta-feira.

"Isso nunca esteve nos planos para 2012, mas esses são os caminhos de Deus e estou pronto para enfrentar qualquer dificuldade", concluiu.

O líder da oposição, Henrique Capriles, governador do estado de Miranda, de 39 anos, que tem como inspiração o modelo do go­­verno brasileiro, deverá enfrentar o presidente na eleição de 7 de outubro.

Capriles desejou plena recuperação ao presidente e tentou evitar disputas nesse momento delicado da política venezuelana. Os governos não admitem ter um segundo nome para concorrer à eleição caso a saúde de Chá­­vez se agrave.

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