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Os governos do mundo todo deveriam criar uma força multinacional para fechar os "buracos" existentes na luta contra o terrorismo, afirmou o secretário-geral da Interpol, Ronald Noble.

Em um texto publicado na quarta-feira pelo jornal International Herald Tribune, Noble disse que a sorte e a aparente incompetência dos terroristas haviam contribuído para evitar que ocorresse, na semana passada, na Grã-Bretanha, um grande atentado.

Mas afirmou que o futuro das operações de combate ao terrorismo estará ameaçado se as autoridades não agirem agora para resolver as graves deficiências encontradas nos esforços globais de policiamento.

"Pode ser difícil de acreditar, mas o mundo ainda não possui um banco de dados global sobre os terroristas condenados", escreveu Noble no jornal.

"E nem é um procedimento padrão avisar às forças policiais do mundo todo quando terroristas internacionais escapam da prisão", acrescentou, apresentando vários dos aspectos que considera falhos nos esforços de cooperação internacional.

Segundo Noble, os terroristas poderiam hoje viajar sem grandes receios de que seus passaportes fossem comparados com um banco de dados mundial sobre documentos de viagem roubados e acrescentou que poucos estrangeiros detidos em qualquer parte do planeta tem suas digitais verificadas, se é que isso ocorria.

"Mas se você tentar entrar com uma garrafa de água mineral em um avião, então será impedido de fazê-lo", afirmou.

"Chegou a hora de agirmos com energia. O mundo precisa de uma força-tarefa antiterror que seja forte, multinacional e poliglota, que esteja em operação 24 horas por dia e sete dias por semana para identificar as outras falhas dos esforços internacionais de combate ao terrorismo."

Noble disse que uma organização do tipo deveria empregar centenas de especialistas e analistas capazes de dar apoio rápido às forças policiais de cada país.

Apesar de governos do mundo todo reconhecerem que a Al Qaeda pode atacar "a qualquer momento e em qualquer cidade", eles não conseguem responder ao desafio que se apresenta, acrescentou.

"Não gastamos recursos suficientes para atender às necessidades das forças de segurança com vistas a reduzir essa ameaça de forma significativa", escreveu.

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