Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
discurso

Chefe do serviço secreto dos EUA fala no Senado sobre escândalo de prostituição

Mark Sullivan garantiu que o comportamento dos agentes envolvidos em escândalo em abril na Colômbia "não é algo habitual" e "não representa o alto nível ético que pedimos a nossos quase 7 mil funcionários"

O escândalo de prostituição na Colômbia envolvendo 12 agentes do serviço secreto dos Estados Unidos obrigou o diretor do grupo, Mark Sullivan, a defender nesta quarta-feira (23) a integridade de seu departamento ante o Senado, que pôs em dúvida que o fato seja um caso isolado.

Em seu primeiro discurso ao Congresso desde que o escândalo veio à tona, em abril, Sullivan garantiu que o comportamento dos agentes envolvidos "não é algo habitual" e "não representa o alto nível ético que pedimos a nossos quase 7 mil funcionários".

No entanto, embora tenha enfatizado que seu departamento tem "tolerância zero" com este tipo de conduta e que em nenhum momento compromeu sua missão ou a segurança do presidente Barack Obama, o diretor do serviço secreto americano não conseguiu convencer os senadores.

A noite de festa que deu origem ao escândalo um dia antes da chegada de Obama à cidade colombiana de Cartagena das Índias para participar da Cúpula das Américas, realizada entre os dias 13 e 15 de abril. Por isso, segundo Sullivan, os agentes ainda não tinham sido informados de suas tarefas de proteção e nenhum deles tinha documentos confidenciais, armas, rádios ou dispositivo de segurança em seus quartos.

Ao assumir a palavra, o senador independente Joe Lieberman, presidente do Comitê de Segurança Nacional do Senado e responsável por convocar a audiência, manifestou desconfianças. "É difícil para muita gente, inclusive eu, crer que uma noite os agentes que estavam ali para proteger o presidente, de repente, espontaneamente, fizesem algo que outros agentes nunca tinham feito".

Lieberman, que solicitou uma revisão dos arquivos das atas disciplinares do serviço secreto dos últimos cinco anos, ressaltou o dano que este episódio causou à imagem do departamento, e pediu medidas para evitar que volte a se repetir.

Neste período, houve 64 casos de conduta sexual inadequada, a maioria por enviar e-mails com conteúdo sexual explícito de um computador do governo. Três deles incluem relações sexuais inapropriadas com estrangeiros e uma se refere a relação sexual não consentida.

Na mesma linha de Lieberman, a senadora republicana Susan Collins considerou que o fato de haver dois supervisores envolvidos a faz pensar "que isto não é um incidente isolado".

A senadora se mostrou surpresa que os agentes tenham registrado as prostitutas como convidadas para pernoitar no hotel com seus nomes verdadeiros, o que mostra que "não tinham medo de que alguém se desse conta ou que fossem ser punidos por isso".

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.