O número de vítimas das chuvas que atingem a Guatemala subiu para 44 nesta segunda-feira, enquanto o governo se dispunha a declarar luto nacional por causa das tragédias registradas em várias partes do país. O problema começou com as fortes chuvas a partir da última sexta-feira.
"O último deslizamento foi registrado no quilômetro 28 da rodovia para o Atlântico (norte do país), onde há informações sobre uma pessoa falecida e 26 feridas", informou a Coordenação Nacional para a Redução de Desastres (CONRED), em comunicado nesta segunda-feira. Já no quilômetro 171 da rota Interamericana, a oeste da capital, foi retomada a busca por pelo menos 30 pessoas soterradas desde o sábado por um deslizamento de terra.
O diretor do Sistema de Comando de Incidentes de Proteção Civil da CONRED, Sergio Cabañas, explicou que no lugar deve ser reduzido de 100 para menos de 30 o número de pessoas trabalhando na remoção de toneladas de lama, por causa do risco iminente de um novo deslizamento que possa atingir as equipes de resgate.
"Está sendo utilizado maquinário pesado para remover a terra e tratar de encontrar os corpos dos desaparecidos. É muito perigoso ter pessoal ali. Ontem (domingo), momentos depois de suspender o resgate, houve outro deslizamento que poderia matar as equipes", disse Cabañas.
Um porta-voz dos bombeiros informou que nesta segunda-feira foram encontrados mais quatro cadáveres no quilômetro 171, aumentando o número de vítimas ali para 24. Pelo menos 20 das vítimas pertenciam às comunidades de Nahualá e Santa Catarina Ixtahuacan, próximas do local da tragédia.
Um deslizamento no quilômetro 81 cobriu um ônibus e duas picapes, deixando 12 mortos e 20 feridos. Algumas pessoas foram ajudar no resgate, mas a montanha mandou uma segunda enxurrada de lama, transformando os encarregados do resgate em novas vítimas. Outras oito pessoas morreram em deslizamentos em outros pontos do país, segundo dados oficiais.
O presidente guatemalteco, Álvaro Colom, disse em uma reunião de gabinete que decretará luto nacional pelas mortes. Ele propôs que o país desenvolva uma cultura maior para a prevenção de desastres. "Deve haver mais técnicos, mais geólogos para estudar as montanhas", disse ele.



