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O regime da China afirmou nesta quarta-feira (26) que os EUA "violam gravemente as normas básicas do direito e das relações internacionais" ao adicionar cerca de 70 empresas chinesas a uma lista de entidades proibidas de exportar tecnologia americana.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Guo Jiakun, disse em uma entrevista coletiva que Washington "prejudica seriamente os direitos e interesses legítimos das empresas e mina a segurança e a estabilidade das cadeias mundiais de produção e suprimentos".
"Pedimos aos EUA que parem de generalizar o conceito de segurança nacional e de politizar, instrumentalizar e militarizar questões econômicas, comerciais, científicas e tecnológicas", declarou o porta-voz, frisando que seu país "se opõe firmemente" à medida.
Guo acrescentou que "a China tomará as medidas necessárias para salvaguardar firmemente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas", ao mesmo tempo em que pediu aos EUA que "parem de reprimir injustificadamente as empresas chinesas".
A Agência de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio americano divulgou um comunicado adicionando 80 empresas da China, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Irã e Taiwan à lista por suas "atividades contrárias à segurança nacional e à política externa” dos EUA.
Entre essas empresas, cerca de 70 são chinesas, de acordo com uma análise, 11 dedicadas especificamente ao desenvolvimento de IA avançada e semicondutores, entre outros campos, e 27 selecionadas por "adquirir ou tentar adquirir” componentes dos EUA para apoiar a modernização das Forças Armadas chinesas, sem revelar seus nomes.
Os EUA e a China estão envolvidos em uma guerra comercial e tecnológica após o anúncio de Trump de novas taxas sobre Pequim e a resposta igualmente tarifária da segunda maior economia do mundo.
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Conteúdo editado por: Isabella de Paula



