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Vacinação contra Covid-19

China admite que suas vacinas “não têm eficácia muito alta” e estuda como melhorá-las

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Linha de produção da Coronavac em uma fábrica da Sinovac em Pequim, na China (Foto: WANG ZHAO/AFP)

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O diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, Gao Fu, admitiu que as vacinas chinesas "não têm taxas de proteção muito altas". Durante uma conferência em Chengdu neste sábado (10), o oficial disse também que o governo está considerando formas de melhorar o processo de imunização. "Agora está sob consideração formal se devemos usar vacinas diferentes, de linhas técnicas diferentes, para o processo de imunização", disse Gao, sem dar detalhes, segundo informou a agência Associated Press.

Segundo o Instituto Butantan, a vacina Coronavac tem eficácia de 50,4%. Já a Sinopharm anunciou que sua vacina tem eficácia de 79%. Ambas usam vírus inativado para treinar as células de defesa do organismo contra a doença.

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Segundo a Associated Press, especialistas estão considerando aplicar diferentes vacinas, modificar o período de inoculação entre as duas doses e até reforçar a imunização com uma terceira dose.

Outra opção para a China seria desenvolver vacinas de tipos diferentes, que demonstraram ser mais eficazes contra a Covid-19. Um funcionário do CDC chinês citado pela AP comentou que farmacêuticas do país estão trabalhando em vacinas de RNA mensageiro, o mesmo tipo de vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech, que em estudos mostrou eficácia de 95%. Na China, as vacinas deste tipo estão entrando na fase de testes clínicos.

"Todos devem considerar os benefícios que as vacinas de mRNA podem trazer para a humanidade", disse Gao, que no ano passado havia questionado a segurança das vacinas deste tipo. "Devemos seguir com atenção e não ignorar só porque já temos vários tipos de vacinas".

Até agora, a China não autorizou o uso de nenhuma vacina estrangeira no país.

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