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Cartaz da exposição So Sorry (“sinto muito”), apresentada por Ai Weiwei na Alemanha | Pittigrilli/Creative Commons
Cartaz da exposição So Sorry (“sinto muito”), apresentada por Ai Weiwei na Alemanha| Foto: Pittigrilli/Creative Commons

Impostos

Governo aceita revisar multa de Ai Weiwei

As autoridades chinesas aceitaram o pedido do artista dissidente Ai Weiwei de revisão de uma multa de aproximadamente US$ 2,4 milhões imposta a ele por supostos desvios fiscais, segundo informações da emissora britânica BBC.

Crítico ferrenho do regime chinês, Ai havia sido punido com a multa por evasão fiscal ligada à sua companhia Fake Cultural Development Ltd., em novembro.

Para poder recorrer da multa, ele teve de pagar US$ 1,3 milhão requerido por lei, valor atingido graças a doações, na maior parte do tempo anônimas, feitas por cerca de 30 mil apoiadores seus.

Ai afirmou que as autoridades lhe informaram que a revisão estaria completa em dois meses. Segundo ele, a multa e outras medidas tomadas contra ele pela justiça da China são uma tentativa de frear suas críticas ao governo.

O artista plástico passou 81 dias preso, após ser detido em abril de 2011 por conta de suas críticas. Ele foi solto depois de ter feito um acordo em que aceita deixar de se pronunciar publicamente contra as autoridades chinesas.

O opositor, porém, continua a postar mensagens em redes sociais contra o regime e a criticá-lo em entrevistas a jornalistas estrangeiros.

A China, por meio da imprensa oficial, alertou ontem os Estados Unidos contra o aumento de sua presença militar na Ásia, após Wa­­shington anunciar na quinta-feira a estratégia de se focar na região.

Em um editorial, a agência es­­tatal de notícias Xinhua afirmou que a decisão do presidente americano, Barack Obama, de aumentar a presença dos Estados Unidos na área poderia impulsionar a estabilidade, mas também "colocar a paz em risco". "Enquanto au­­­­menta sua presença militar na região da Ásia-Pacífico, os EUA devem se abster de flexionar seus músculos, porque isso não vai ajudar a resolver disputas regionais", afirmou o texto.

"Se os Estados Unidos utilizar seu militarismo na região de forma indiscreta, será como um touro numa loja de porcelana, e colocará em perigo a paz, em vez de aumentar a estabilidade regional", acrescentou.

O jornal chinês Global Times – pertencente ao Diário do Povo, órgão oficial do Partido Comu­­nista chinês – afirmou que a China não deve se intimidar com a maior presença militar dos Es­­tados Unidos na Ásia, embora analistas e o próprio governo norte-americano digam que Pequim não tem nada a temer.

A nova estratégia de defesa dos EUA, anunciada oficialmente na quinta-feira pelo presidente Ba­­rack Obama, prevê uma redução no tamanho e no orçamento das suas forças militares, mas uma maior presença na Ásia. Pequim teme que o objetivo de Washing­­ton seja cercar a China e conter seu crescente poderio.

"É claro que queremos evitar uma nova Guerra Fria com os Es­­tados Unidos, mas ao mesmo tempo devemos evitar abrir mão da presença de segurança da China na região vizinha", disse o jornal.

O Global Times tem uma inclinação nacionalista e seus comentários não necessariamente refletem as posições do governo.

Os ministérios da Defesa e Re­­lações Exteriores não se pronunciaram sobre a nova política estratégica dos Estados Unidos.

Ao apresentar a nova política militar dos EUA, que reflete uma menor ênfase nos conflitos do Iraque e Afeganistão, Obama disse que "a maré da guerra está recuando", e o secretário norte-americano de Defesa, Leon Panetta, afir­­mou que as Forças Armadas precisam ser "menores e mais enxutas".

Os Estados Unidos dizem que pretendem colaborar com a Chi­­na na busca por prosperidade e segurança na região, mas que continuará tratando de questões de segurança como o controle do mar do sul da China, por onde circula um co­­mércio anual de 5 trilhões de dólares. Há disputas territoriais envolvendo China, Tai­­wan, Filipinas, Malásia, Vietnã e Brunei na re­­gião.

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