Pequim - O órgão que regula a aviação civil na China já teria se queixado à Embraer de problemas no jato E190. Ontem, um avião deste modelo sofreu acidente no aeroporto da cidade de Yichun, deixando 42 mortos e 54 feridos.
De acordo com a Xinhua, a agência de notícias oficial da China, a autoridade chinesa de aviação civil promoveu uma reunião com representantes de empresas aéreas do país e da Embraer, em junho, para debater supostas falhas estruturais do aparelho.
Entre as queixas estavam rachaduras em turbinas e erros nas informações do sistema de controle de voo.
Desde os anos 90, quando amargou uma série de acidentes aéreos, a China investe pesado no setor. O acidente de ontem foi o mais grave desde 2004 e pôs fim a uma marca de 2.100 dias 69 meses sem mortes em voos.
A Embraer não confirma. Por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que "promove reuniões periódicas com as autoridades chinesas para discutir assuntos referentes às operações das aeronaves. Declarou ainda que a reunião de 2010 não ocorreu: está agendada, desde julho, para a próxima semana.
O engenheiro aeronáutico Jorge Eduardo Leal de Medeiros, professor da Escola Politécnica da USP, diz achar "muito pouco provável que o acidente tenha sido provocado por uma falha do equipamento. "Esse avião está voando no mundo inteiro sem registro de falhas.
Os serviços de resgate encontraram ontem a caixa-preta do avião, que deve ajudar a entender os motivos do acidente. Há suspeitas de que um denso nevoeiro dificultou a aterrissagem do avião.



