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China ameaça Taiwan e diz que “reunificação” é “imparável”

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Painel eletrônico em Pequim exibe notícias sobre exercícios militares chineses ao redor de Taiwan. (Foto: Andrés Martínez Casares/EFE/EPA)

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A tendência histórica para a “reunificação” entre China e Taiwan é “imparável”, afirmou nesta quarta-feira o governo chinês, após o término da última rodada de manobras militares em grande escala realizadas por Pequim em torno da ilha autônoma. Em entrevista coletiva, Zhang Han, porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado do governo chinês, afirmou que os exercícios foram uma “advertência severa” às “forças separatistas que promovem a independência de Taiwan” e à “interferência externa”, em alusão aos Estados Unidos e ao Japão.

A porta-voz acusou as autoridades do Partido Democrático Progressista (PDP, governante em Taiwan) de “buscar a independência em conluio com forças externas”, o que, segundo ela, prejudica “gravemente” as relações entre os dois lados do Estreito e ameaça “seriamente” a paz e a estabilidade na região. “Qualquer forma de atividade separatista de ‘independência de Taiwan’ nunca será tolerada e será respondida com contramedidas firmes”, afirmou Zhang, em declarações recolhidas pela agência Xinhua.

A porta-voz também destacou que “qualquer força externa que tente interferir na questão de Taiwan ou nos assuntos internos da China” irá inevitavelmente se deparar com a defesa do chinês Exército Popular de Libertação (EPL). “A tendência histórica para a ‘reunificação’ nacional é imparável, e ninguém deve subestimar a firme determinação, a vontade inabalável e a sólida capacidade da China para salvaguardar a sua soberania nacional e a sua integridade territorial”, disse Zhang.

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Essas declarações foram feitas um dia após a conclusão da Missão Justiça-2025, manobras militares em grande escala nos arredores de Taiwan, nas quais participaram unidades do exército, da marinha, da aviação e da força de foguetes do Exército chinês. De acordo com dados do Ministério da Defesa de Taiwan, Pequim utilizou 207 aeronaves, 31 navios de guerra e 16 embarcações da Guarda Costeira durante os dois dias de exercícios.

Cerco mais estreito em torno de Taiwan

Ao fim das manobras, a agência Xinhua publicou um artigo que apresenta três conclusões principais dos exercícios, que começaram 11 dias depois que os Estados Unidos aprovaram um plano de venda de armas a Taiwan no valor recorde de US$ 11 bilhões.

A primeira característica fundamental foi que “a ação começou imediatamente”, o que demonstra “a capacidade do EPL de integrar o treinamento em tempos de paz com as operações em tempos de guerra”, afirmou Zhang Chi, professor da Universidade Nacional de Defesa da China. “Todas as instalações energéticas, os principais portos e as bases militares das quais dependem as forças separatistas da ‘independência de Taiwan’ estão dentro do alcance do poder de fogo do EPL”, lembrou.

O analista também destacou que esses exercícios interromperam as vias de acesso a Taiwan por norte, sul e leste, um “cerco por três lados” que exemplifica como o EPL pode “pressionar e conter as forças separatistas, ao mesmo tempo em que nega o acesso à interferência externa”. Por fim, Zhang destacou que as manobras, nas quais foram delimitadas sete zonas aéreas e marítimas ao redor de Taiwan, mais do que em simulados de guerra anteriores, evidenciam que o “cerco ao redor da ilha está se estreitando ainda mais”. “O EPL exerceu plenamente suas capacidades para assumir o controle aéreo e marítimo de áreas-chave e realizar ataques de longo alcance e alta precisão contra alvos importantes”, afirmou.

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