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Tensão na Ásia

China aplica sanções contra mais 7 empresas dos EUA por venderem armas a Taiwan

Uma aeronave C-130 da Força Aérea de Taiwan durante exercícios militares em Pingtung, na última sexta-feira (20) (Foto: EFE/Ritchie B. Tongo)

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O governo da China anunciou nesta sexta-feira (27) uma nova onda de sanções contra sete empresas militares e industriais americanas e seus principais executivos, em resposta às recentes vendas de armas e assistência militar dos Estados Unidos a Taiwan.

Em comunicado, o regime chinês disse que as sanções entrarão em vigor hoje e que as ações dos EUA “constituem uma séria interferência nos assuntos internos da China e prejudicam seriamente a soberania e a integridade territorial” do país.

As empresas sancionadas são Insitu, Hudson Technologies, Saronic Technologies, Aerkomm, Oceaneering International, Raytheon Australia e Raytheon Canada.

Essas empresas terão seus bens bloqueados na China, onde indivíduos e organizações serão proibidos de cooperar com elas.

As medidas também afetam os executivos sêniores dessas empresas, que também estarão sujeitos ao bloqueio de bens na China e à negação de vistos de entrada a partir desta sexta-feira.

O comunicado, divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores chinês, enfatiza que as recentes medidas dos EUA, incluindo a aprovação da Lei de Autorização de Defesa Nacional para o Ano Fiscal de 2025, contêm “cláusulas negativas relacionadas à China” que “violam seriamente o princípio de ‘uma só China’ e os três Comunicados Conjuntos China-EUA”.

No início deste mês, o gigante asiático já havia aplicado sanções contra 13 empresas americanas pelo mesmo motivo, e em outubro sancionou outras três.

Essa nova onda de sanções foi anunciada depois que Pequim disse na quinta-feira que “esmagaria qualquer tentativa separatista” após o envio de tanques M1A2T dos EUA para Taiwan.

Taiwan - para onde o exército nacionalista chinês se retirou após ser derrotado pelas tropas comunistas na guerra civil (1927-1949) - tem sido governada de forma autônoma desde o fim da guerra, embora a China reivindique a soberania sobre a ilha, que ela considera uma província rebelde para cuja “reunificação” não descartou o uso da força.

A questão taiwanesa é um dos principais pontos de atrito entre Pequim e Washington, já que os EUA são o principal fornecedor de armas de Taiwan e poderiam defender a ilha em caso de conflito.

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Conteúdo editado por: Fábio Galão

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