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O último grande partido pró-democracia de Hong Kong, a Liga dos Social-Democratas (LSD), anunciou neste domingo (29) sua dissolução sob “imensa pressão política”, em mais um capítulo da repressão do regime comunista chinês contra vozes independentes no território.
O grupo, fundado em 2006, era uma das poucas organizações ainda ativas a desafiar publicamente o controle do Partido Comunista Chinês (PCCh) sobre Hong Kong.
A presidente do partido, Chan Po-ying, declarou que a decisão foi tomada diante da escalada da repressão e dos riscos enfrentados pelos integrantes, destacando que o princípio de “um país, dois sistemas” já não existe mais.
“Já vivemos sob um país, um sistema”, afirmou em coletiva emocionada.
Nos últimos anos, as autoridades comunistas chinesas intensificaram a repressão com a Lei de Segurança Nacional, que praticamente eliminou manifestações, partidos e imprensa livres em Hong Kong. Desde então, líderes opositores foram presos, veículos de comunicação críticos foram fechados e até outros partidos históricos pró-democracia se dissolveram.
Com o fim da Liga dos Social-Democratas, ativistas alertam para o completo desaparecimento da oposição institucionalizada na cidade.
“Não seremos os últimos a cair”, afirmou o partido em nota. Mesmo diante da repressão, os ex-integrantes afirmaram que continuarão apoiando quem luta pela liberdade em Hong Kong, ainda que de maneira silenciosa.
