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A China deu ordens às companhias aéreas nacionais para não aceitarem mais entregas de aeronaves da fabricante americana Boeing, uma nova reação ao tarifaço do governo de Donald Trump, segundo revelou a Bloomberg, citando fontes familiarizadas com o assunto.
De acordo com a agência de notícias, Pequim também teria solicitado às empresas chinesas que suspendam "quaisquer compras de equipamentos e peças para aeronaves de empresas americanas".
A notícia rapidamente afetou as ações da Boeing em Wall Street, que começaram a cair antes do pregão, nesta terça-feira (15).
Durante o primeiro mandato, Trump poupou a Boeing de tarifas, no entanto suas vendas para o gigante asiático vêm caindo desde 2019. Em 2022, a expectativa era de que 25% das entregas internacionais da Boeing fossem para a China, mas em 2023 o número caiu para 9%.
A guerra comercial desencadeada por Trump escalou em 2 de abril com o anúncio de "tarifas recíprocas" para o resto do mundo, uma medida que reverteu uma semana depois diante da queda dos mercados e do aumento dos custos de financiamento da dívida dos EUA.
No entanto, ao mesmo tempo em que suavizou sua ofensiva contra a maioria dos países aplicando uma tarifa generalizada de 10%, decidiu aumentar os impostos sobre a China por ter respondido com retaliação. Dessa forma, Washington impôs uma tarifa total de 145% sobre os produtos chineses, enquanto Pequim aumentou suas taxas sobre produtos americanos para 125%.




