• Carregando...
Governo chinês diz que quer evitar uma guerra comercial. | Reprodução/Ministério do Comércio da China
Governo chinês diz que quer evitar uma guerra comercial.| Foto: Reprodução/Ministério do Comércio da China

Neste sábado (16), a China respondeu aos US$ 50 bilhões em tarifas impostas na sexta-feira (15) pelo presidente norte-americano, Donald Trump, com quantidade similar de tributos sobre uma variedade de bens dos Estados Unidos. Pequim anunciou que vai impor tarifas adicionais de 25% sobre cerca de 600 itens exportados pelos Estados Unidos, entre eles veículos e produtos agrícolas. Também serão taxados produtos energéticos, o que levou grande preocupação sobre as consequências que isso poderá acarretar.

O anúncio foi feito algumas horas depois de a Casa Branca ter informado que imporia tarifas de 25% a importações provenientes da China, no valor também de US$ 50 bilhões de dólares, contra produtos que contenham “tecnologias industrialmente significativas”.

Segundo um comunicado da Comissão de Alfândegas da China, a nova taxação sobre 545 produtos, dos quais a maioria agrícolas e automotores, começa em 6 de julho. Outros 114 produtos químicos, médicos e energéticos seriam sobretaxados em data ainda a ser divulgada.

Reação

Para Trump, a China é responsável pela perda de 60 mil fábricas e 6 milhões de empregos em solo norte-americano, números que, segundo a maioria dos economistas, também incluem os efeitos do aumento da automação industrial. A lista inicial de Trump inclui 818 produtos --como pneus de aviões, maquinários para a indústria, escavadeiras, carros, helicópteros e lavadoras de louça-- no valor de US$ 34 bilhões em bens chineses. O restante, para completar os US$ 50 bilhões, ainda serão decididos.

“As companhias americanas querem soluções, não sanções. Tarifas não vão resolver esses problemas, mas apenas afetar os empregos e interesses dos norte-americanos”, disse John Frisbie, presidente do Conselho de Comércio EUA-China em um comunicado. Em reiterados anúncios, o governo chinês clamou para que não ocorra uma guerra comercial, mas indicou que irá defender “firmemente” seus interesses. Trump, por outro lado, fez da China um dos grandes alvos para implementar sua política comercial de “América First”, revendo acordos históricos com parceiros no comércio mundial.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]