
Ouça este conteúdo
Três empresas de tecnologia chinesas informaram que Pequim parece ter discretamente revogado tarifas retaliatórias de 125% sobre alguns semicondutores fabricados nos EUA. As informações foram transmitidas à emissora CNN, nesta sexta-feira (25).
De acordo com os detalhes informados, as isenções se aplicam a circuitos integrados, também conhecidos como microchips ou semicondutores.
Uma agência de notícias chinesas, a Cailian Press, afirma que um total de oito categorias de produtos relacionados ao setor estão isentas das tarifas impostas a todos os produtos americanos, que Pequim decretou como uma contramedida às tarifas sobre produtos chineses que chegam aos Estados Unidos.
Uma fonte de uma empresa de semicondutores sediada em Xangai declarou à Cailian Press que as autoridades realizaram uma reunião informativa nesta quinta-feira (24) para notificar as empresas do setor sobre a medida.
Durante a reunião, foi indicado que importadores de códigos tarifários isentos estarão sujeitos apenas ao imposto sobre o valor agregado, de 13%, e que os chips de memória não estão incluídos na lista de isenções.
Apesar de Pequim ter avançado no desenvolvimento de sua própria indústria de semicondutores, ainda há uma forte dependência de importações de chips e equipamentos de fabricação de chips dos americanos, de Taiwan, Coreia do Sul, Japão e Holanda.
Nos últimos dias, o presidente dos EUA, Donald Trump, expressou otimismo sobre a possibilidade de chegar a um acordo com o regime d Xi Jinping para reduzir as atuais tarifas.
A China, no entanto, disse esta semana que Washington deve "parar de exercer pressão" e mostrar "respeito" se realmente quiserem resolver suas disputas comerciais com o país asiático por meio do diálogo, mas negou que haja negociações em andamento entre as duas potências.
A agência Bloomberg noticiou nas últimas horas que o gigante asiático está considerando suspender suas tarifas de 125% sobre importações dos EUA para certos produtos, incluindo químicos como etano e equipamentos médicos, o que representaria uma redução na guerra comercial desencadeada por Trump no início do mês.




