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Chineses e japoneses vão às ruas em disputa por ilhas

Os japoneses, por sua vez, também foram às ruas para participar de uma marcha com objetivo parecido em Tóquio

Milhares de chineses protestaram hoje contra o Japão e sua reivindicação de soberania sobre ilhas disputadas pelos dois países, em uma manifestação de proporção muito maior que as anteriores sobre o tema. Os japoneses, por sua vez, também foram às ruas para participar de uma marcha com objetivo parecido em Tóquio.

Fotos feitas na cidade de Chengdu e Zhengzhou, na região central da China, mostram centenas de pessoas marchando com cartazes e placas com manifestos contra o pleito japonês sobre as ilhas. As cinco ilhas no Mar da China são chamadas de Diaoyu pelos chineses, Tiaoyutai pelos taiwaneses e Senkaku pelos japoneses. Os três disputam as ilhotas desabitadas há décadas, desde a descoberta de jazidas de gás e petróleo no local.

No centro de Tóquio, cerca de 2.500 pessoas marcharam com bandeiras nos arredores da embaixada chinesa para se oporem à reivindicação da China de soberania sobre as ilhas. Alguns manifestantes também pediam a libertação do ativista Liu Xiaobo, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz deste ano e cumpre uma pena de 11 anos de prisão por subversão.

Os manifestantes de Chengdu quebraram vitrines e janelas de lojas das empresas japonesas de varejo Ito-Yokado e Isetan, segundo informou a agência de notícias Kyodo. Mais de 2 mil pessoas foram às ruas de Chengdu e milhares de estudantes universitários se mobilizaram na cidade de Xian, segundo a agência estatal Xinhua.

Na China, as manifestações são controladas e, em algumas ocasiões, o governo coloca um fim intempestivo às passeatas. Não estava claro se os organizadores das marchas de hoje tinham permissão para fazê-las. Aparentemente, a mobilização teria sido uma resposta a matérias publicadas na internet sobre o protesto japonês. A polícia das cidades chinesas de Chengdu, Xian e Zhengzhou não confirmaram os protestos. "Foi pacífica e sem choques", disse sobre a marcha o empregado de um café da rede norte-americana Starbucks nos arredores da praça de Chengdu, onde ocorreu o ato.

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