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Os cientistas descobriram um novo tipo de célula-tronco embrionária em ratos e camundongos que pode acelerar as pesquisas sobre a medicina regenerativa, além de contribuir para a busca de curas para várias doenças.

Duas equipes independentes entre si, das universidades britânicas de Oxford e Cambridge, disseram na quarta-feira que as chamadas células-tronco do epiblasto de roedores são muito semelhantes às células-tronco embrionárias humanas, o que faz delas modelos especialmente úteis para analisar a saúde humana.

As células representam o "elo perdido" entre as células-tronco de roedores e as células-tronco embrionárias humanas, afirmou Roger Pedersen, líder do grupo de Cambridge.

As células-tronco embrionárias humanas são as que dão origem a todos os tecidos do corpo. Os cientistas querem usá-las para encontrar curas para doenças como Parkinson, câncer e diabete. Mas, como é preciso destruir o embrião humano para obter as células para estudo, seu uso é polêmico.

Camundongos de laboratório são o modelo preferido para o estudo de doenças humanas, mas os pesquisadores ficavam frustrados com o fato de as células-tronco dos roedores agirem de forma bem diferente da das humanas, dificultando os estudos. Agora os cientistas acreditam ter resolvido o problema.

Dois trabalhos publicados na revista Nature mostram que, quando as células-tronco de camundongos são retiradas da camada celular mais interna - ou epiblasto - de um embrião de uma semana, elas são sob vários aspectos quase idênticas às humanas.

"No final das contas, temos de admitir que camundongos não são seres humanos", disse Pedersen a repórteres. "Mas agora temos um modelo muito melhor que antes."

Até então, os cientistas cultivavam as células-tronco de roedores a partir do blastocisto, um embrião de poucos dias que ainda não tinha sido implantado no útero. As novas células são retiradas depois da implantação. E, como elas estão mais avançadas no desenvolvimento, podem oferecer novos insights sobre como as células-tronco começam a produzir células de tipo maduro, como neurônios, ossos e músculos.

Richard Gardner, que liderou a equipe de Oxford, disse que a descoberta também pode ajudar os pesquisadores a obter células-tronco em outras espécies, como o gado. Isso pode oferecer novas oportunidades de pesquisa, já que mamíferos maiores são modelos melhores para doenças humanas que os roedores. As ovelhas, por exemplo, são ótimos modelos para estudar a fibrose cística.

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