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Pesquisa

Cientistas americanos criam bexiga em laboratório

A medicina regenerativa ganhou um importante incentivo, nesta terça-feira, com o anúncio feito por cientistas da Universidade Wake Forest, na Carolina do Norte. Eles conseguiram reconstruir um órgão do aparelho urinário, a bexiga, em laboratório, usando células retiradas dos próprios pacientes.

Os pesquisadores retiraram amostras de vários tipos de células da bexiga de sete crianças e adolescentes com graves doenças congênitas e cultivaram-nas em laboratório. As células foram transferidas para um molde, com estrutura semelhante à da bexiga. Depois de quase dois meses, os órgãos formados foram implantados nos pacientes.

Embora os primeiros transplantes tenham sido feitos há cerca de quatro anos, os cientistas queriam confirmar os resultados antes de divulgar a notícia. O estudo, publicado na revista "The Lancet", mostra que, passado um período de dois a quatro anos, a saúde dos pacientes melhorou consideravelmente.

Se realmente se mostrarem eficientes, a longo prazo, as bexigas de laboratório serão uma opção melhor do que os transplantes. Elas evitam a busca por doadores e não há risco de rejeição, já que as células são dos próprios pacientes.

Doenças da bexiga podem causar problemas nos rins. O tratamento padrão é a cirurgia reconstrutiva. Porém, esta tem complicações. O grupo de Anthony Atala levou 16 anos para encontrar uma forma de construir um órgão complexo em laboratório. Foram usadas células da bexiga e de músculos, além de colágeno para formar a estrutura. Em média, a criação de uma bexiga leva dois meses.

A equipe agora está trabalhando no desenvolvimento de vasos sangüíneos e outros órgãos, incluindo pâncreas e coração, usando esta técnica.

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