
Uma mulher americana recebeu cinco filhotes nesta terça-feira (5), que foram clonados do seu querido e falecido pit bull chamado Booger, virando a primeira consumidora de uma empresa sul-coreana que afirma ser o primeiro serviço de sucesso do mundo em clonagem canina.
A RNL Bio, de Seul, disse que os clones do cão de Bernann McKinney nasceram na semana passada, após terem sido clonados em cooperação com uma equipe de cientistas da Universidade Nacional de Seul, que criaram o primeiro clone de cachorro em 2005.
"É um milagre" McKinney gritou repetidas vezes nesta terça-feira, quando viu os filhotes clonados no laboratório da Universidade Nacional de Seul.
"Sim, eu conheço vocês, vocês também me conhecem," disse McKinney aos cães, enquanto abraçava os animais, que dormiam com uma das mães substituas, duas cadelas coreanas de raça mestiça.
A equipe de cientistas que trabalham para a RNL Bio é liderada pelo cientista sul-coreano Lee Byeong-suk, um ex-colega do cientista Hwang Woo-suk, que caiu em desgraça e escandalizou a comunidade científica internacional, quando sua suposta clonagem de células-tronco provou ser uma farsa em 2005.
Mas testes independentes confirmaram que a clonagem dos cachorros de 2005 feita pelos coreanos foi um sucesso verdadeiro, e a equipe de Lee, deste então, clonou mais de 20 cães.
A RNL informou hoje que a clonagem foi a primeira clonagem comercial de sucesso de um cachorro.
"A RNL Bio começa seus serviços mundiais com Booger, como seu primeiro clone de sucesso," informou a empresa em comunicado.
McKinney contactou Lee após Booger morrer de câncer em abril de 2006. Ela pediu antes à Genetics Savings and Clone, uma empresa americana, que clonasse Booger, mas a companhia dos EUA fechou por falta de clientes no final de 2006, após produzir alguns clones de gatos e ter fracassado em clonar cachorros.
Os cientistas coreanos levaram as células clonadas e congeladas do cachorro Booger a Seul em março e iniciaram o trabalho de clonagem no final de maio, de acordo com a RNL Bio.
A equipe de Lee identificou os filhotes como clone genuínos de Booger, e um corpo da medicina forense da universidade conduz testes de reconfirmação.
McKinney, uma escritora de roteiros, disse que ela gostava especialmente de Booger porque o cachorro de estimação salvou sua vida, quando ela foi atacada por um cão que era três vezes maior que Booger. O incidente resultou na amputação da mão esquerda da escritora de roteiros, e feriu os nervos das suas pernas e o estômago. Os médicos, mais tarde, reconstruíram a mão de McKinney, embora ela tenha passado parte do tempo de recuperação numa cadeira de rodas.
A RNL Bio está cobrando US$ 150 mil por clonagem de cachorro, mas receberá apenas US$ 50 mil de McKinney, porque ela é a primeira consumidora da empresa e ajudou na publicidade, disse o chefe-executivo da companhia, Ra Jeong-chan.
Ra disse que o objetivo da empresa é clonar 300 cachorros por ano. A empresa também estuda a clonagem de camelos, para consumidores do Oriente Médio.



