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O secretário de estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, parte da administração do presidente Joe Biden.
O secretário de estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, parte da administração do presidente Joe Biden.| Foto: EFE/EPA/ROLEX DELA PENA

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, alertou na quinta-feira (06) perante a Organização dos Estados Americanos (OEA) que há cada vez mais líderes antidemocráticos na região e pediu que as ideologias sejam deixadas de lado para defender a democracia.

"Cada vez vemos mais líderes que tomam medidas antidemocráticas sob a falsa justificativa de que têm apoio popular", criticou Blinken em discurso na 52ª Assembleia Geral da OEA, realizada em Lima, durante o qual não citou ninguém diretamente.

O chefe da diplomacia americana deu como exemplo a aprovação de legislação que estende os mandatos dos presidentes ou que permite o assédio a juízes.

Diante disso, Blinken afirmou que os Estados Unidos trabalharão com seus parceiros, tanto governos quanto organizações da sociedade civil, para denunciar esses abusos.

"Quero ser muito claro: não se trata de escolher lados entre esquerda e direita ou progressistas e conservadores, trata-se de nos comprometermos com a democracia à frente de ideologias e partidos", ressaltou.

O chefe da diplomacia americana também pediu aos países da região "que condenem inequivocamente os regimes autoritários da região", entre os quais citou Nicarágua, Cuba e Venezuela.

Nesse sentido, denunciou que o governo de Daniel Ortega na Nicarágua viola a carta democrática da OEA ao "prender arbitrariamente a oposição, reprimir os protestos e cometer flagrante fraude eleitoral".

Sobre Cuba, Blinken criticou "as centenas de pessoas presas" pelos protestos de julho do ano passado que ainda estão na prisão apenas por terem saído para "pedir que seus direitos humanos sejam respeitados".

Por fim, acusou o governo venezuelano de Nicolás Maduro de ter causado uma "catástrofe humanitária" que levou à saída de 6 milhões de pessoas do país.

Blinken, cujo governo prometeu relaxar as sanções contra Caracas se Maduro retornar às negociações com a oposição, pediu a todos os países que se unam à exigência por eleições livres na Venezuela em 2024.

Da mesma forma, aproveitou a ocasião para atacar a invasão russa da Ucrânia e felicitou a OEA por ter expulsado a Rússia meses atrás como membro observador da organização.

Por fim, disse que "é crucial" que todos os países condenem os "referendos fraudulentos" sobre a anexação à Rússia de quatro províncias do leste e do sul da Ucrânia.

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